terça-feira, 3 de setembro de 2019

FRISSON À RILKE




Diego Mendes Sousa 



Que o Tempo não refute nunca 

o rastilho prisioneiro e perplexo
do Amor
pois o sangue - motor da vida - pulsa
rarefeito
no apelo escondido dos Astros
a debilitar o indispor do mundo
que arrasta o azul sobre o branco:
          o ar puro da felicidade 


Somente o Amor filtra a ofensiva

da amargura em qualquer coração
e derrama o inusitado sobre o rosto
        a orvalhar a eviternidade
e apreender o martírio de tédio
que deslumbra
a existência sufocante
em recatos de sabedoria enevoada


Poema de Diego Mendes Sousa, extraído do livro 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor (Edições Galo Branco, 2010).

Diego Mendes Sousa  é um dos seis candidatos que concorrem à  cadeira de número 27 da Academia Parnaibana de Letras.

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