sábado, 23 de agosto de 2025

MEMÓRIA JORNALISTICA

 SOSSEGA QUE O LEÃO É MANSO!

Bernardo Batista Leão, também procedente do estado Maranhão, tornou-se um dos ícones do jornalismo parnaibano, nas décadas de 1960 a 1980. Além da prodigiosa e perspicaz   inteligência política, Batista Leão  era um brincalhão, um apreciador e desfrutador das coisas boas da vida, tanto assim que de vez em quando fazia umas presepadas (no bom sentido evidentemente) muitas delas perpetuadas na memória de seus amigos e admiradores.



Rubem Freitas, também maranhense, colunista amado pela sociedade parnaibana, na sua coluna denominada Carnet-Social do jornal Folha do Litoral, edição de 21 de janeiro de 1973 faz a seguinte brincadeira com o nobre jornalista. Vejam aí:


Do livro Memória Jornalística (em fase de edição)


terça-feira, 12 de agosto de 2025

4º FLIBG BARRA GRANDE

 Feira Literária de Barra Grande movimenta a economia  no litoral  piauiense 



Na segunda quinzena do mês de agôsto, a rede hoteleira, comércio e praias do litoral do Piauí têm a expectativa de uma grande movimentação na região, com a realização da 4ª edição da FLIBG – Feira Literária de Barra Grande que promete impulsionar o turismo e a economia local.


O evento acontece de 14 a 16  de agosto no povoado Barra Grande, no município de Cajueiro da Praia e tem o objetivo de conectar escritores e escritoras e jovens leitores do Brasil. Este ano a FLIBG homenageia a escritora e jornalista Sônia Terra e o escritor e editor Claucio Ciarlini. As atividades programadas para a Feira envolvem o lançamentos de livros, rodas de conversa,concursos,contações de histórias,debates e shows com artistas regionais e locais, além da participação de escritores, escritoras e poetas de outros estados.

A coordenadora da FLIBG, a escritora Josilene Neres,destaca as novidades como o Prêmio de Literatura Kenard Kruel da Academia Piauiense de Letras,o lançamento do livro de redações dos alunos premiados na última edição da Feira,além da doação de livros da Secretaria de Estado da Educação do Piauí e o cheque livros,que segundo a coordenadora, facilita a aquisição de grandes obras principalmente para os/as estudantes da rede pública, que não têm condições de comprar livros com facilidade.

 “Outro destaque desta edição é  a atuação do Tribunal de Justiça durante a Feira, com o ônibus da Itinerância, que oferecerá os serviços de registro de ações por parte do cidadão e informará sobre os processos e direitos à população local  e O Projeto EDUCAR versão 2025 com o “Jogo da  Memória” ; um sucesso no 23º Salão do Livro do Piauí com mais de  9 mil acessos tornando-se uma das atrações mais procuradas do evento. Um jogo desenvolvido para trabalhar ações educativas e culturais de combate ao trabalho infantil” acrescenta Josilene.
A coordenadora informa ainda que durante a FLIBG serão distribuídos materiais educativos e brindes para as escolas participantes

Lançamentos dos livros:  "Antologia poética do Piauí e outras participações - Brasil e Cuba", organização: Marleide Lins, Jone Clay Macedo e Nelson Simón, e "Coletânea poética de mulheres afrodescendentes, Piauí-Brasil e Pinar del Rio - Cuba", organização: Marleide Lins e Nelson Simón.

A Programação completa da Feira está sendo divulgada pelas redes sociais do evento
@feiraliterariadebarragrande
Serviço
4ª FLIBG – Feira Literária de Barra Grande
Data: 14,15 e 16 de agosto de 2025
Local : Barra Grande  Cajueiro da Praia

Contatos
Josilene Neris 86 9 8190 80 97
Sônia Terra 86 9 9829 07 13
Jota A 86 9 9975 25 14
Mais informações
Ascom: Edna Maciel 86 9 8147 55 68

quarta-feira, 30 de julho de 2025

O CRIME AO CAJUEIRO




Imagens dos galhos do  cajueiro antes do corte com serra elétrica

Antonio Gallas 

        Na manhã de sábado, dia 23, ao trafegar pela Rua Coronel. José Narciso, onde está localizado o Cajueiro de Humberto de Campos, observei que alguns dos seus galhos (os que pendiam para a rua, ultrapassando a grade de proteção que lá existe) haviam sido cortados com serra elétrica.

        Mais tarde, ainda no mesmo dia, encontrei o poeta e colaborador deste jornal, Alberto Furtado, na Praça da Graça, próximo à Banca do Louro, que comentou sobre o acontecido e expressou um pouco de revolta com a forma como foram cortados os galhos do cajueiro, afirmando que a parte cortada não floresceria mais.

        Na opinião de Alberto, a cultura e o patrimônio histórico parnaibano não são preservados por quem de direito. A casa onde morou Humberto de Campos é uma prova disso, pois está se deteriorando e não aparece ninguém, ou qualquer autoridade, para tomar uma providência. Em pouco tempo, estará em ruínas, assim como alguns prédios históricos da região do Porto das Barcas, como, por exemplo, o local onde funcionou a firma comercial Franklin Veras e Cia. Ltda., a fábrica Moraes S.A. (que fabricava e exportava o óleo Moraes extraído do coco babaçu, sabonete Glicerol, Cera de Carnaúba, etc.) e outros que, além das ruínas, ameaçam cair e causar acidentes graves.

        Após conversar com o autor da coluna "Burilando com", perguntei à Meta Inteligência Artificial quais consequências poderiam ocorrer após cortar com serra elétrica os galhos de uma planta centenária. A resposta veio em segundos: "Cortar uma planta centenária com serra elétrica pode ter consequências graves e irreversíveis. Aqui estão algumas possibilidades:

1. Morte da planta: A cortagem pode ser tão traumática que a planta não consiga se recuperar, levando à sua morte.

2. Destruição do tronco: A serra elétrica pode danificar ou destruir o tronco da planta, tornando impossível a sua recuperação.

3. Perda de valor histórico e cultural: Plantas centenárias muitas vezes têm valor histórico e cultural significativo. A destruição dessas plantas pode resultar na perda de patrimônio natural e cultural.

4. Impacto ambiental: A remoção de uma planta centenária pode afetar o ecossistema local, alterando o habitat de animais e insetos que dependem da planta para sobreviver.

5. Reações adversas da comunidade: A destruição de uma planta centenária pode gerar reações negativas da comunidade local, que pode se sentir prejudicada pela perda de um patrimônio natural e cultural." E ainda recomenda: "Antes de tomar qualquer ação, é importante considerar as consequências potenciais e buscar alternativas que preservem a planta e seu valor histórico e cultural.

        Humberto de Campos, como todos sabemos, apesar de maranhense, honrou e exaltou o nome de Parnaíba em suas crônicas. Como ressalta a acadêmica Amparo Coelho em seu livro "Humberto de Campos - Evocações de uma Vida", em um capítulo especial (página 128): "A cidade de Parnaíba merece um capítulo à parte na vida desse grande escritor, não apenas pelo fato de haver residido aqui, mas também considerando-se o amor que tantas vezes demonstrou nutrir por Parnaíba, da mesma forma e com a mesma intensidade que demonstrou amar sua terra natal...".

        Preservar o patrimônio histórico-cultural de uma cidade é manter viva a memória de nossos antepassados e mostrar para gerações futuras o quão importante foram aqueles que construíram esse patrimônio. É necessário preservar esse patrimônio, assim como tem feito o empresário, advogado e acadêmico Valdeci Cavalcante.

        Tenho certeza de que, se Valdeci Cavalcante, o "Mecenas da Parnaíba", fosse o administrador municipal, aquela parte do patrimônio cultural de Parnaíba que hoje encontra-se em ruínas estaria muito bem cuidada. É do conhecimento de todos as benfeitorias já realizadas em prédios históricos da nossa cidade graças ao empenho de Valdeci Cavalcante, que muitas vezes gasta seus próprios recursos financeiros.

        Cortar os galhos do Cajueiro de Humberto de Campos com serra elétrica, sem qualquer orientação técnica, pode trazer consequências desastrosas. Um verdadeiro crime."


Imagens dos galhos do cajueiro depois do corte com a serra elétrica

segunda-feira, 28 de julho de 2025

"Na Toca do Poeta" - Visitando Alcenor Candeira Filho


         Na manhã de quarta-feira, 24 de julho, o poeta, professor e advogado Alcenor Candeira Filho, uma das mais eloquentes expressões da literatura parnaibana, recebeu em sua residência a visita de quatro membros da Academia Parnaíba de Letras (APAL) para um bate-papo saudável e amigável.

        O ex-presidente da entidade, poeta e escritor Antônio de Pádua Ribeiro dos Santos, o poeta e juiz aposentado Elmar Carvalho, o secretário-geral Antônio Gallas e Claucio Ciarlini, tesoureiro da APAL, estiveram presentes.

        Na ocasião, em um documentário que está sendo exibido nas redes sociais e literárias de Parnaíba e do Piauí, os quatro visitantes fizeram depoimentos sobre Alcenor, falando da amizade, do respeito e da admiração ao poeta. Eles ressaltaram que Alcenor Candeira Filho  é considerado o maior literato parnaibano, pois seus conhecimentos não se restringem apenas à literatura parnaibana, mas também à literatura piauiense e brasileira.

        Ao final, o poeta, satisfeito com a visita, autografou e ofertou a cada um dos visitantes suas duas últimas obras: "O Crime da Praça da Graça" e "Metapoemas Comentados", ambos impressos pela Sieart Gráfica e Editora.

        Não restam dúvidas de que o professor Alcenor Candeira Filho  é um grande ícone da literatura parnaibana, sendo respeitado e admirado por todos que tiveram o prazer de ler suas obras.

        Além de ser membro da Academia Parnaíba de Letras, da qual foi secretário-geral durante os sete mandatos do presidente Lauro Correia, Alcenor Candeira também é membro da Academia Piauiense de Letras, onde ocupa a cadeira nº 19, que tem Antonio José de Sampaio como patrono.

A seguir  o vídeo com o depoimento dos quatro acadêmicos durante a visita ao imortal Alcenor Candeira Filho. 


quarta-feira, 23 de julho de 2025

E POR FALAR EM POESIA...

 


E por falar em poesia,  ouvi atentamente do começo ao fim,  o programa apresentado pelo poeta e incentivador cultural Carlos Pontes. Cearense de nascimento, Pontes,  ama Parnaíba tanto quanto ama sua terra natal,  tanto assim que foi acolhido,  é estimado, admirado  e respeitado pela sociedade parnaibana. Tanto ele quanto  sua esposa Cloris, professora da Universidade Federal Delta do Parnaíba - UFDPar.

 Na primeira parte do programa o apresentador fez referências a importância da leitura,  citando,  inclusive pensamentos e opiniões de grandes poetas e filósofos mundiais  tais como François-Marie Arouet - Voltaire, considerado um dos principais representantes do Iluminismo e um dos mais importantes pensadores da história.

 Em seguida falou do Clube Literatura ao Luar  do qual faz parte, evidenciando seus  idealizadores, os objetivos do clube, destacou o primeiro livro que foi lido e discutido, "Rosa Numinosa" do poeta parnaibano Diego Mendes Souza. Evidenciou também os componentes do clube e citou as obras de cada um, e na terceira parte após os agradecimentos de praxe encerrou o programa recitando a poesia "definitiva" do poeta Jota Cunha, qual  transcrevo a seguir:

"Eu queria fazer a poesia definitiva

como se uma só fosse suficiente

e só fizesse prazer e só dessa alegria

e  tecesse  calor e fosse tão impune

para dizer de ternura de forma tão vadia

e se fosse sem apegos da rosa da idade

que nem tivesse idade e nem poesia

sem  estar  em mim nem nas deidades

sem  estar  no outro sem ser cortesia

em nenhum lugar e em todos os lugares

logrando orgasmos em todas as fantasias

em mim, em todos e sem nenhuma posse

logrando prazeres com toda a sabedoria"

(do livro Incertezas Poéticas lançado em 2022 nesta cidade de Parnaíba)

Jota  Cunha faz parte do Clube Literatura ao Luar. Escreveu esta poesia em 12 de outubro de 2019 no município de Mendes (RJ).

 O programa "e por falar em poesia"  é levado ao ar nas quartas-feiras através da Rádio Universitária FM pertencente a Universidade Federal Delta do Parnaíba - UFDPar, transmitida pelo sistema radiosnet no horário das 08 horas da manhã, com  reprise  às 13:00 e 18:00 horas

 Um excelente programa! Recomendo que  ser ouvido não apenas por intelectuais mas por toda a população da região planície litorânea  parnaibana. 

domingo, 20 de julho de 2025

NETO DO MAESTRO ALMIR FALECE EM ÉVORA PORTUGAL

 



Na data de 06 de julho,  o Brasil e, principalmente o estado do Maranhão  perdeu um dos grandes líderes e defensores das  causas sociais e humanitárias  deste país. Faleceu na cidade de Évora - Portugal,  onde estava fazendo um doutorado, José de  Ribamar Araújo e Silva, também conhecido como "Ribamar do PT" ou Ribamar das Cáritas",  codinome carinhoso que ele recebeu da "companheirada progressista" da Igreja Católica, onde  formou-se em Teologia da Libertação.
Ribamar tinha raízes parnaibanas,  tendo em vista ser neto do Maestro Almir Araújo que foi o fundador da primeira  Banda Municipal de Parnaíba e como reconhecimento por seu talento e trabalho,  "Mestre Almir" é homenageado por historiadores, bem assim pelo poder público municipal que o homenageou dando seu nome a uma rua no Bairro do Carmo, antigo Coroa. 
Ribamar era o nono de uma família de onze irmãos sendo o primeiro a nascer em terras maranhenses. Os mais velhos nasceram e criaram-se em terras maranhenses, entre os quais, dr. José Wilson Araújo e Silva, juiz aposentado que ainda reside na capital ludovicense. 

Filho de Francisco Olímpio da Silva(cearense-radicado por muitos anos em Parnaíba-), tendo se casado com Teresa Maria de Araujo e Silva - parnaibana da gema - filha mais nova do Mestre Almir Araujo.
Os estudos primários do Ribinha foram feitos no antigo CEMA(antigo sistema de teleducação), mas o fez presencialmente na capital. Mais tarde logrou aprovação para a ETFMA(Escola Técnica Federal), onde concluiu o seu ensino médio.
Nos primórdios de 1982 recebeu emancipação civil e foi mandado a São Paulo para estudos religiosos, a fim de se tornar padre. Cursou Teologia e depois Filosofia nas Faculdades Ipiranga(religiosa), mas seu espírito libertário e revolucionário acabou por abandonar o Seminário e se casar com uma noviça Neli Machado, com a qual  teve dois filhos homens Francisco Olimpio da Silva Sobrinho - hoje analista da Justiça Federal em Erechim-RS - e seu irmão Luís Carlos - médico. Já da sua união estável com Cleide Moraes  tiveram a única filha mulher, Teresa Vitória  hoje com 25 anos, já na metade do Curso de Medicina.
Antes de ir à Évora-PT para cursar doutorado em Direitos Humanos (sua grande paixão), cursou mestrado na UNB na mesma disciplina. Falava também razoavelmente o idioma espanhol, viajou pelo Brasil todo em seu trabalho de Perito do Mecanismo Nacional de Prevenção à Tortura  mas também atuou como palestrante(no que era exímio)especialista nesse assunto. Visitou também em missão vários países da Europa  e da América Latina.

Em 02 de junho, ao completar sessenta anos, pois nascera em 02 de junho de 1965, Ribinha foi alvo de homenagens por seus amigos. Sua morte repentina deixou todos entristecidos e foram inúmeras as manifestações de sentimentos, de solidariedades e de carinhos enviadas aos seus familiares.
Ao tomar conhecimento do falecimento de Ribinha, o seu irmão, dr. José Wilson Araújo e Silva, José Wilson Araújo e Silva, juiz aposentado que prestou serviços em diversas comarcas do Maranhão, tais como São Bernardo, Araioses, Tutóia e outros, prestou-lhe uma significativa homenagem que a transcrevo a seguir:

ELOGIO FÚNEBRE AO RIBINHA

Hoje nos reunimos para honrar a memória de Ribinha -JOSÉ DE RIBAMAR DE ARAUJO E SILVA (RIBINHA PARA OS MAIS ÍNTIMOS, RIBAMAR DA CÁRITAS PARA OUTROS E RIBAMAR DO PT, para seus correligionários políticos), um ser humano iluminado intelectual e espiritualmente, cuja presença iluminou a vida de todos os que tivemos o prazer de conhecê-lo e privar de sua intimidade, ou, até mesmo, muitos incógnitos que foram beneficiados por suas ações e atuação firme em causas sociais do CONSEA/MA(Conselho de Segurança Alimentar do Maranhão), do qual foi seu primeiro coordenador, tanto como daqueles outros irmãos em Cristo dependentes da correta atuação policial e em cumprimento de pena judicial, enquanto Ribinha esteve como Ouvidor Geral de Segurança Pública do Estado do Maranhão e, mais tarde, como Perito do Mecanismo de Prevenção à Tortura, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos em Brasília, onde ficou por seis anos nesse trabalho. E ali permaneceu em serviço, inspecionando presídios e outros estabelecimentos penais, mesmo depois de ter se tornado um servidor público sem receber remuneração por dois meses e com aquele órgão com suas funções esvaziadas por força de Decreto do Presidente Bolsonaro. Nesse caso, faleceu sem receber os salários que lhe eram devidos e foram concedidos por recente decisão judicial do 8ª Juizado Federal de Brasília-DF, deixando esse pequeno legado pecuniário aos seus herdeiros.  
Viveu 60 anos, mas acumulou a vivência e as agruras de uma família de onze irmãos, dos quais restamos apenas quatro ainda vivos, todos nós mais idosos que ele. Todavia, acumulou uma bagagem cultural invejável e experiências das mais divertidas as mais tristonhas, visitando todas as capitais do nosso país e outros locais do interior onde estivessem presídios e outras casas de recolhimento compulsórios a serem inspecionados, aí atuando como Perito do Mecanismo de Prevenção à Tortura; mas também, desde antes como Coordenador da Cáritas no Maranhão, visitou vários países da América Latina, Central e da Europa. Podia-se dizer dele ser um cidadão do mundo, porque um dia amanhecia em São Luís, mas poderia anoitecer em Brasília, São Paulo ou Rondônia, tanto a serviço de inspeção como Perito, como também na função de palestrante, no que se destacava porque dominava a arte da oratória, temperada com bom humor e ciência política e social. 
Era com toda certeza e sem nenhuma inveja da minha parte o mais inteligente membro da família Araujo e Silva, mas também o mais sofrido e malhado nas mais variadas dificuldades que a vida sempre lhe apresentou desde sua ida para morar em São Paulo, ainda bem jovem com dezesseis anos, quando papai lhe concedeu a emancipação para entrar em um Seminário Religioso naquela capital .
Com seu eterno bom humor e coração do bem, Ribinha soube sempre semear alegria nos dias mais tristes e graves de nossas vidas.
Sua passagem por este mundo foi de eterna entrega em amor ao próximo e solidariedade aos mais frágeis, como assinalaram em inúmeras mensagens seus amigos, correligionários e alunos, deixando elos profundos em cada amizade, em cada gesto e em cada palavra. Sempre disposto a escutar, a estender a mão aos mais necessitados, Ribinha foi refúgio em tempos difíceis e companhia alegre e criativa nos momentos de comemoração, principalmente nas datas de nossos aniversários, no que ele era mestre em foto homenagens, como também em ocasiões de luto, quando fazia com maestria belas e inesquecíveis montagens foto-musicais de seus homenageados. 
Eu estou ansioso por ter acesso a esse seu precioso arquivo fotográfico e aprender a técnica que ele tão bem utilizava, mas que não chegou a me ensinar porque, em suas palavras: “ele conseguia fazê-lo em um programa gratuito de computador porque era pobre, enquanto eu (rico como ele me considerava) só poderia acessar programas pagos”. E assim, o tempo passou e fiquei mesmo sem aprender essa sua habilidade e agilidade com que ele a fazia. No dia do aniversário ou da morte de alguém da nossa estima, bem cedo do dia ele já postava a devida homenagem de fotomontagem com fundo musical.
Tivesse eu a sua habilidade, decerto na data de seu passamento, o teria homenageado com várias fotos memoráveis e um fundo musical que ele gostava muito de utilizar em necrolégio da bela música Sentinela de Milton Nascimento, que diz assim: “morte, vela, sentinela sou do corpo desse meu irmão que já se vai. Revejo nessa hora tudo que ocorreu. Memória não morrerá. Longe, longe, ouço essa voz que o tempo não vai levar...”
Hoje lamentamos sua partida, porém também agradecemos a graça de sua existência. Permanece em nossas memórias através de inúmeras recordações  compartilhadas e o eco de seus ensinamentos cristãos, que seguirão nos guiando. Que sua luz siga brilhando em nossos corações e que seu legado de amor e generosidade inspire nossas ações.
Descanse em paz, nosso amado Ribinha. Nunca te olvidaremos e, eu pessoalmente, tentarei dar à publicação teu livro(acho que inacabado), intitulado: Tudo que Vivi, Vi, Ouvi e não Posso Calar. Do qual fiz parte da revisão, a pedido pessoal dele!
Por fim, lembro outra música que ele adorava homenagear seus amigos: “amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração. Assim falava a canção que na América ouvi. Mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir...”  
Quantas vezes, em meio às dores e alegrias, sua voz ecoou trazendo alento, esperança e, sobretudo, humanidade. Em cada história, em cada causa, Ribinha deixava a marca de quem nunca se acomodou diante da injustiça, de quem sempre acreditou que a escuta e o abraço eram ferramentas tão potentes quanto qualquer ato formal. Sua ausência física abre um vazio, mas a força de sua presença persiste, habitando gestos, sorrisos e combates diários de todos que aprenderam com seu exemplo.
E assim, diante da saudade imensa, resta-nos honrar sua trajetória, transmitindo adiante o que plantou. Que possamos multiplicar a ternura, a indignação justa e a criatividade solidária que ele exemplificou. Que cada aniversário, cada encontro, cada desafio social, seja oportunidade de lembrar o amigo, o irmão, o companheiro de tantas jornadas.
Vai e leva nossos abraços e beijos a todos os nossos amigos e familiares comuns que nos antecederam no caminho de retorno ao pó de onde todos viemos!
AMÉM, AMÉM!
O corpo de Ribinha trasladado de Portugal, nesta madrugada de domingo e está sendo velado no Salão da Pax União no Canto da Frabril e será sepultado no cemitério Parque da Saudade no Bairro Vinhais, no final da tarde deste domingo 20 de julho.
Requiescat in pace Ribamar!



segunda-feira, 14 de julho de 2025

AÇÃO LITERÁRIA ACADEMIA VIVA INCENTIVA E APOIA NOVOS TALENTOS NA REGIÃO

 O Projeto de Ação Literária "Academia Viva" da Academia Parnaibana de Letras tem entre os seus objetivos,  o de aproximar a APAL à  comunidade escolar, ou seja,  diretores, professores e principalmente  estudantes das escolas de Parnaíba e até de  comunidades vizinhas.

Assim, desde o ano passado (2024),  oficinas e palestras têm sido realizadas nas escolas, principalmente nas ligadas à "1ª GRE" ( Primeira Gerência Regional de Educação em  Parnaíba) que tem como gerente a professora Aurilene Vieira. Em todas já realizadas,  os alunos têm se mostrado bastante receptivos e participativos.

Na sexta-feira, 27 de junho,  foi a vez do CETI Padre Vieira receber a visita da APAL representada  por seu presidente José Luiz de Carvalho, pelo secretário geral  Antonio Gallas e pelo tesoureiro Claucio Ciarlini.  Como acontece  em todos os eventos assim realizados,  houve distribuição de livros, exemplares da última edição do  Almanaque da Parnaíba,  além de balas, doces e chocolates.

Os alunos tiveram a oportunidade de escrever e ler  suas poesias ou pequenos textos feitos naquele momento. Muitos foram os que se pronunciaram como vermos nas fotos a seguir: 

 







A aluna Débora Araújo, do 2º Ano C do Turno Manhã recitou um poema de sua autoria o qual transcrevo abaixo:

Ontem fui à padaria,
Sozinho, assim não me via,
Reduzi a quantidade de pão,
Pois você não me espera no salão.

Mudei o corte de cabelo,
Aquele que você nem gostava,
O nosso amor, um dia belo
Numa sexta normal, já não amava.

O seu amor, eu não sou mais,
E para mim agora tanto faz,
Menos é mais.
Melhor nada,
Nada,
Nada,
Nada, 
Do que uma metade sem razão,
Sou movido a emoção,
E não te quero por conversão.

Melhor nada, 
Nada,
Nada,
Nada,
Do que uma metade sem razão.

Débora Araújo, autora do poema acima, recebendo a última edição do
Almanaque da Parnaíba autografado pelo professor Antonio Gallas,
secretário geral da Academia Parnaibana de Letras.


Em agosto, a APAL dará prosseguimento ao Projeto,  visitando novas escolas,  evidenciando em especial a  literatura piauiense/parnaibana dando incentivo e apoio para novos talentos, principalmente  que os jovens possam divulgar suas produções literárias.  

quarta-feira, 9 de julho de 2025

ESTANTE LITERÁRIA

 

HAICAIS PARA CRIANÇAS

Após ter sido lançado na Bienal Internacional do Rio de Janeiro (RJ),   em junho passado, o livro "Haicais para Crianças", de autoria do jornalista e escritor José Luiz de Carvalho, tem atingido um alto  índice de vendas através da Internet. 

O livro,  bilíngue  (português e japonês)  editado pela editora " Mágico de Oz",  apresenta-se em um belo formato que encanta desde a primeira página com a apresentação do autor que  convida e incentiva a criança  (também a jovens adolescentes e até a adultos), a ler e a escrever,  como relatou  minha esposa Maria da Graça que,   ao ler o livro, disse ter  voltado  à  infância, principalmente no haicai da formiga:


As ilustrações, criadas pelo talentoso artista escritor e ilustrador Waldenes Nascimento são verdadeiras obras de arte. Cada desenho é uma expressão única e criativa, que adiciona uma camada extra de magia aos versos. A estética única das ilustrações é um verdadeiro destaque do livro, fazendo com que as crianças sejam atraídas pela beleza e originalidade das imagens. 



Vou presentear meus netos com "Haicais para Crianças", pois esta belíssima obra estimula a criatividade, a imaginação e, principalmente, desperta  o  amor  pela leitura a um público - o infantil,  que necessita de estímulo para que seu enriquecimento cultural e intelectual inicie-se a partir da infância.

 Parabéns ao confrade José Luiz de Carvalho, ao ilustrador  Waldenes Nascimento e  a todos  que contribuíram para que "Haicais para Crianças" se tornasse uma realidade!


segunda-feira, 30 de junho de 2025

COMENTANDO OS FATOS

Se persistir a falta d'água nas torneiras de 
Parnaíba, a população vai optar pelo abastecimento
como era feito no século passado.

 O DEBOCHE É CASO DE JUSTIÇA

Antonio Gallas

Na manhã desta segunda-feira, dia 30 de junho, ao sintonizar o programa “Primeiras Notícias” apresentado pelo Radialista Samuel Aguiar na rádio Litoral FM, na sequencia “fala aí” na qual as pessoas enviam mensagens, expressam opiniões, fazem reclamações, etc., uma pessoa residente no Conjunto Betânia, zona leste de Parnaíba, fez uma reclamação a respeito do valor da fatura do seu consumo de água.

Segundo o reclamante, cujo nome não gravei, o valor apresentado na fatura chegava a um total de 15 mil reais – um absurdo para o consumo de uma residência familiar. Como seria normal, o usuário dirigiu-se à sede da empresa para fazer a reclamação e que fosse verificado onde estaria o possível erro, entretanto, segundo o reclamante, ele fora recebido com deboches por funcionários da empresa, que chegaram até perguntar quantas piscinas ele tinha na residência.

O problema da falta de água em Parnaíba é antigo, todos sabemos. O corte é inevitável! Se não pagar, não tem jeito. Todavia, é direito do consumidor dirigir-se à sede da empresa, fazer uma reclamação, solicitar que seja feita uma releitura, um ajuste qualquer nos equipamentos da encanação domiciliar, parcelar a fatura, enfim, efetuar o que seja necessário para resolver o problema.

As reclamações contra o abastecimento de água em Parnaíba não é de hoje. Desde quando era a extinta Agespisa, entretanto quando o consumidor dirigia-se à sede da empresa era atendido com distinção (pelo menos nunca ouvi uma reclamação desse tipo).  Se o problema era resolvido ou não, isso seria uma outra questão.

Funcionários sem ética profissional, sem qualidades para tratar com o público não deveriam ser colocados no atendimento de empresas sem antes receberem um treinamento específico para a função que irão exercer. Debochar do ser humano é caso de polícia, de justiça. Acredito que o cidadão que sentiu-se maltratado quando foi tentar resolver o problema do alto valor que veio na fatura mensal de seu consumo de água já esteja procurando os meios legais para a solução do mesmo. 

NOTA DO EDITOR DO BLOG

O programa Primeiras Notícias apresentado por Samuel Aguiar, bem assim o  Papo e Notícias apresentado por Léo Marques na Rádio Litoral FM trazem notícias e informações necessárias, opiniões com imparcialidade,  desprovidas de qualquer paixão partidária como geralmente acontece em alguns canais de comunicação local, regional e até nacional

domingo, 29 de junho de 2025

 Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta a morte de Ivan Ilitch. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de julho de 2015

CULTURA

CLÁSSICOS DA LITERATURA


A MORTE DE IVAN ILITCH



Quando do lançamento em Parnaíba do seu último livro denominado “Confissões de um Juiz”, o poeta Elmar Carvalho disse em seu discurso que iria aproveitar o tempo, agora livre das responsabilidades da magistratura, para ver os filmes que não pode vê-los antes, devido a dedicação ao seu trabalho e,  acredito eu,  também pela exaustão deixada pelos árduos dias de audiências e, certamente,  às vezes, pelos  trabalhos prolongados.
Aproveitando a fala do amigo e poeta, agora que também estou com tempo livre por conta de uma licença médica (hérnia de disco nas colunas dorsal, lombar e cervical) e, para preencher o tempo que não estou na sala de aula, resolvi ler (os que ainda não tinha lido) e reler alguns clássicos da literatura universal e brasileira, começando pelo livro escrito por Liev (ou Leon) Tolstói intitulado “A Morte de Ivan Ilitch” que foi publicado pela primeira vez em 1886.
 O livro “A Morte de Ivan Ilitch” que marcou o retorno de Tolstói à literatura, é considerado por uma grande maioria de críticos como a novela mais perfeita da literatura mundial.
É impressionante como um livro escrito no século XIX, como essa novela de Tolstói, continua tão atual como se tivesse sido escrito hoje, dois séculos depois, tanto que as universidades estão recomendando aos alunos dos diversos cursos  a leitura dessas obras, como foi o caso  de um curso de extensão  oferecido aos alunos  do primeiro bloco de psicologia da Faculdade Mauricio de Nassau, em Parnaíba.
O mais impressionante ainda é que,  dois  séculos depois, com tecnologia avançada e tudo mais, o comportamento das pessoas continua sendo tal qual o dos personagens da novela de Tolstói, senão vejamos: quando foi anunciado que Ivan Ilitch havia falecido, seus colegas mais íntimos pensaram consigo: “quem morreu foi ele, não eu”... “deverei ocupar o cargo que ele ocupava”... Durante o velório um dos seus amigos e colega de profissão pouco estava ligando para as exéquias. O que ele queria mesmo era jogar cartas e não ficar sentado em uma cadeira prestando atenção a um defunto. Por outro lado, a viúva Praskóvia Fiódorova tinha em mente somente uma preocupação: quanto seria  ela iria receber de pensão  pela morte do marido, já que este ocupara um dos mais altos cargos na justiça da corte russa.
Como se pode observar o comportamento de algumas pessoas de 1800 até os anos 2000 não mudou em nada. A ganância, a inveja, e a ambição pelo poder continuam em evidência tal qual dois séculos atrás.
Mas voltando ao livro, as novelas na literatura são diferentes das adaptações feitas para as novelas na televisão. Na literatura tratam de um tema só.  No caso do livro de Tolstoi o tema predominante é a morte, o sofrimento dele em seu leito de agonias.  Mesmo sendo a morte o tema principal da novela, pode-se observar  também, em algumas partes,  muita crítica social, principalmente quando retrata o comportamento das pessoas da época, que como já mencionei,  que não era diferente do comportamento de algumas pessoas nos dias de hoje. Talvez por essa razão o livro tenha sido recomendado para alunos do  curso de psicologia,  por estar inserido, a meu modo de ver, em um dos campos dessa ciência – o behaviorismo – que estuda o comportamento humano.
Fazer uma síntese do livro demandaria um espaço muito maior do que disponho numa coluna de jornal ou na página de um blog. Todavia, recomendo (para aqueles que ainda não o leram) a sua leitura, tendo em vista que com o passar dos tempos as traduções e o formato do livro foram sendo adaptados para tornar uma leitura mais agradável evidentemente, como da forma que li: em arquivo pdf baixado da web e em quadrinhos (HQ)  que pode ser comprado pela internet ou  nas bancas de jornais e revistas.  

NOTA DO REDATOR DO BLOG
Como pode ser observado,  fiz este comentário sobre a obra de Tolstói em julho de 2015. No próximo mês estará fazendo dez (10) anos. À época o livro tinha mais de duzentas páaginas,  e no PDF , 185.  Agora,  por fazer parte do Clube Literatura ao Luar,  temos que ler uum livro por mês (nem sempre é possivel),  debater,  dar opiniões sobre a obra lida,  adquiri um novo  exemplar do romance (novela) para ddebate tendo em vista ter sido sugerido pelo grupo.