segunda-feira, 14 de julho de 2025

AÇÃO LITERÁRIA ACADEMIA VIVA INCENTIVA E APOIA NOVOS TALENTOS NA REGIÃO

 O Projeto de Ação Literária "Academia Viva" da Academia Parnaibana de Letras tem entre os seus objetivos,  o de aproximar a APAL à  comunidade escolar, ou seja,  diretores, professores e principalmente  estudantes das escolas de Parnaíba e até de  comunidades vizinhas.

Assim, desde o ano passado (2024),  oficinas e palestras têm sido realizadas nas escolas, principalmente nas ligadas à "1ª GRE" ( Primeira Gerência Regional de Educação em  Parnaíba) que tem como gerente a professora Aurilene Vieira. Em todas já realizadas,  os alunos têm se mostrado bastante receptivos e participativos.

Na sexta-feira, 27 de junho,  foi a vez do CETI Padre Vieira receber a visita da APAL representada  por seu presidente José Luiz de Carvalho, pelo secretário geral  Antonio Gallas e pelo tesoureiro Claucio Ciarlini.  Como acontece  em todos os eventos assim realizados,  houve distribuição de livros, exemplares da última edição do  Almanaque da Parnaíba,  além de balas, doces e chocolates.

Os alunos tiveram a oportunidade de escrever e ler  suas poesias ou pequenos textos feitos naquele momento. Muitos foram os que se pronunciaram como vermos nas fotos a seguir: 

 







A aluna Débora Araújo, do 2º Ano C do Turno Manhã recitou um poema de sua autoria o qual transcrevo abaixo:

Ontem fui à padaria,
Sozinho, assim não me via,
Reduzi a quantidade de pão,
Pois você não me espera no salão.

Mudei o corte de cabelo,
Aquele que você nem gostava,
O nosso amor, um dia belo
Numa sexta normal, já não amava.

O seu amor, eu não sou mais,
E para mim agora tanto faz,
Menos é mais.
Melhor nada,
Nada,
Nada,
Nada, 
Do que uma metade sem razão,
Sou movido a emoção,
E não te quero por conversão.

Melhor nada, 
Nada,
Nada,
Nada,
Do que uma metade sem razão.

Débora Araújo, autora do poema acima, recebendo a última edição do
Almanaque da Parnaíba autografado pelo professor Antonio Gallas,
secretário geral da Academia Parnaibana de Letras.


Em agosto, a APAL dará prosseguimento ao Projeto,  visitando novas escolas,  evidenciando em especial a  literatura piauiense/parnaibana dando incentivo e apoio para novos talentos, principalmente  que os jovens possam divulgar suas produções literárias.  

quarta-feira, 9 de julho de 2025

ESTANTE LITERÁRIA

 

HAICAIS PARA CRIANÇAS

Após ter sido lançado na Bienal Internacional do Rio de Janeiro (RJ),   em junho passado, o livro "Haicais para Crianças", de autoria do jornalista e escritor José Luiz de Carvalho, tem atingido um alto  índice de vendas através da Internet. 

O livro,  bilíngue  (português e japonês)  editado pela editora " Mágico de Oz",  apresenta-se em um belo formato que encanta desde a primeira página com a apresentação do autor que  convida e incentiva a criança  (também a jovens adolescentes e até a adultos), a ler e a escrever,  como relatou  minha esposa Maria da Graça que,   ao ler o livro, disse ter  voltado  à  infância, principalmente no haicai da formiga:


As ilustrações, criadas pelo talentoso artista escritor e ilustrador Waldenes Nascimento são verdadeiras obras de arte. Cada desenho é uma expressão única e criativa, que adiciona uma camada extra de magia aos versos. A estética única das ilustrações é um verdadeiro destaque do livro, fazendo com que as crianças sejam atraídas pela beleza e originalidade das imagens. 



Vou presentear meus netos com "Haicais para Crianças", pois esta belíssima obra estimula a criatividade, a imaginação e, principalmente, desperta  o  amor  pela leitura a um público - o infantil,  que necessita de estímulo para que seu enriquecimento cultural e intelectual inicie-se a partir da infância.

 Parabéns ao confrade José Luiz de Carvalho, ao ilustrador  Waldenes Nascimento e  a todos  que contribuíram para que "Haicais para Crianças" se tornasse uma realidade!


segunda-feira, 30 de junho de 2025

COMENTANDO OS FATOS

Se persistir a falta d'água nas torneiras de 
Parnaíba, a população vai optar pelo abastecimento
como era feito no século passado.

 O DEBOCHE É CASO DE JUSTIÇA

Antonio Gallas

Na manhã desta segunda-feira, dia 30 de junho, ao sintonizar o programa “Primeiras Notícias” apresentado pelo Radialista Samuel Aguiar na rádio Litoral FM, na sequencia “fala aí” na qual as pessoas enviam mensagens, expressam opiniões, fazem reclamações, etc., uma pessoa residente no Conjunto Betânia, zona leste de Parnaíba, fez uma reclamação a respeito do valor da fatura do seu consumo de água.

Segundo o reclamante, cujo nome não gravei, o valor apresentado na fatura chegava a um total de 15 mil reais – um absurdo para o consumo de uma residência familiar. Como seria normal, o usuário dirigiu-se à sede da empresa para fazer a reclamação e que fosse verificado onde estaria o possível erro, entretanto, segundo o reclamante, ele fora recebido com deboches por funcionários da empresa, que chegaram até perguntar quantas piscinas ele tinha na residência.

O problema da falta de água em Parnaíba é antigo, todos sabemos. O corte é inevitável! Se não pagar, não tem jeito. Todavia, é direito do consumidor dirigir-se à sede da empresa, fazer uma reclamação, solicitar que seja feita uma releitura, um ajuste qualquer nos equipamentos da encanação domiciliar, parcelar a fatura, enfim, efetuar o que seja necessário para resolver o problema.

As reclamações contra o abastecimento de água em Parnaíba não é de hoje. Desde quando era a extinta Agespisa, entretanto quando o consumidor dirigia-se à sede da empresa era atendido com distinção (pelo menos nunca ouvi uma reclamação desse tipo).  Se o problema era resolvido ou não, isso seria uma outra questão.

Funcionários sem ética profissional, sem qualidades para tratar com o público não deveriam ser colocados no atendimento de empresas sem antes receberem um treinamento específico para a função que irão exercer. Debochar do ser humano é caso de polícia, de justiça. Acredito que o cidadão que sentiu-se maltratado quando foi tentar resolver o problema do alto valor que veio na fatura mensal de seu consumo de água já esteja procurando os meios legais para a solução do mesmo. 

NOTA DO EDITOR DO BLOG

O programa Primeiras Notícias apresentado por Samuel Aguiar, bem assim o  Papo e Notícias apresentado por Léo Marques na Rádio Litoral FM trazem notícias e informações necessárias, opiniões com imparcialidade,  desprovidas de qualquer paixão partidária como geralmente acontece em alguns canais de comunicação local, regional e até nacional

domingo, 29 de junho de 2025

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sábado, 11 de julho de 2015

CULTURA

CLÁSSICOS DA LITERATURA


A MORTE DE IVAN ILITCH



Quando do lançamento em Parnaíba do seu último livro denominado “Confissões de um Juiz”, o poeta Elmar Carvalho disse em seu discurso que iria aproveitar o tempo, agora livre das responsabilidades da magistratura, para ver os filmes que não pode vê-los antes, devido a dedicação ao seu trabalho e,  acredito eu,  também pela exaustão deixada pelos árduos dias de audiências e, certamente,  às vezes, pelos  trabalhos prolongados.
Aproveitando a fala do amigo e poeta, agora que também estou com tempo livre por conta de uma licença médica (hérnia de disco nas colunas dorsal, lombar e cervical) e, para preencher o tempo que não estou na sala de aula, resolvi ler (os que ainda não tinha lido) e reler alguns clássicos da literatura universal e brasileira, começando pelo livro escrito por Liev (ou Leon) Tolstói intitulado “A Morte de Ivan Ilitch” que foi publicado pela primeira vez em 1886.
 O livro “A Morte de Ivan Ilitch” que marcou o retorno de Tolstói à literatura, é considerado por uma grande maioria de críticos como a novela mais perfeita da literatura mundial.
É impressionante como um livro escrito no século XIX, como essa novela de Tolstói, continua tão atual como se tivesse sido escrito hoje, dois séculos depois, tanto que as universidades estão recomendando aos alunos dos diversos cursos  a leitura dessas obras, como foi o caso  de um curso de extensão  oferecido aos alunos  do primeiro bloco de psicologia da Faculdade Mauricio de Nassau, em Parnaíba.
O mais impressionante ainda é que,  dois  séculos depois, com tecnologia avançada e tudo mais, o comportamento das pessoas continua sendo tal qual o dos personagens da novela de Tolstói, senão vejamos: quando foi anunciado que Ivan Ilitch havia falecido, seus colegas mais íntimos pensaram consigo: “quem morreu foi ele, não eu”... “deverei ocupar o cargo que ele ocupava”... Durante o velório um dos seus amigos e colega de profissão pouco estava ligando para as exéquias. O que ele queria mesmo era jogar cartas e não ficar sentado em uma cadeira prestando atenção a um defunto. Por outro lado, a viúva Praskóvia Fiódorova tinha em mente somente uma preocupação: quanto seria  ela iria receber de pensão  pela morte do marido, já que este ocupara um dos mais altos cargos na justiça da corte russa.
Como se pode observar o comportamento de algumas pessoas de 1800 até os anos 2000 não mudou em nada. A ganância, a inveja, e a ambição pelo poder continuam em evidência tal qual dois séculos atrás.
Mas voltando ao livro, as novelas na literatura são diferentes das adaptações feitas para as novelas na televisão. Na literatura tratam de um tema só.  No caso do livro de Tolstoi o tema predominante é a morte, o sofrimento dele em seu leito de agonias.  Mesmo sendo a morte o tema principal da novela, pode-se observar  também, em algumas partes,  muita crítica social, principalmente quando retrata o comportamento das pessoas da época, que como já mencionei,  que não era diferente do comportamento de algumas pessoas nos dias de hoje. Talvez por essa razão o livro tenha sido recomendado para alunos do  curso de psicologia,  por estar inserido, a meu modo de ver, em um dos campos dessa ciência – o behaviorismo – que estuda o comportamento humano.
Fazer uma síntese do livro demandaria um espaço muito maior do que disponho numa coluna de jornal ou na página de um blog. Todavia, recomendo (para aqueles que ainda não o leram) a sua leitura, tendo em vista que com o passar dos tempos as traduções e o formato do livro foram sendo adaptados para tornar uma leitura mais agradável evidentemente, como da forma que li: em arquivo pdf baixado da web e em quadrinhos (HQ)  que pode ser comprado pela internet ou  nas bancas de jornais e revistas.  

NOTA DO REDATOR DO BLOG
Como pode ser observado,  fiz este comentário sobre a obra de Tolstói em julho de 2015. No próximo mês estará fazendo dez (10) anos. À época o livro tinha mais de duzentas páaginas,  e no PDF , 185.  Agora,  por fazer parte do Clube Literatura ao Luar,  temos que ler uum livro por mês (nem sempre é possivel),  debater,  dar opiniões sobre a obra lida,  adquiri um novo  exemplar do romance (novela) para ddebate tendo em vista ter sido sugerido pelo grupo.



quarta-feira, 25 de junho de 2025

APAL LANÇA CONCURSO DE TEXTOS PAULO DE TARSO MENDES SOUZA

 


Dando continuidade ao Projeto Ocupação - Academia Viva, a Academia Parnaibana de Letras - APAL lança o concurso de textos Paulo de Tarso Mendes Souza, destinado a estudantes do Ensino Médio matriculados em escolas da rede pública ou privada do município de Parnaíba.

O concurso que ano passado homenageou a acadêmica Lígia Ferraz que havia falecido, este ano homenageia o acadêmico e advogado Paulo de Tarso Mendes Souza, também falecido ano passado e tem por objetivo a premiação de 06 (seis) textos inéditos, de acordo com o que preceitua o edital já disponibilizado nas mídias sociais e literárias da cidade.. O  formato é livre, podendo ser redação, conto, poema, aqui artigo ou qualquer outro tipo de texto. Os classificados receberão prêmios em dinheiro e os textos serão publicados nos sites, blogs e periódicos da APAL.   

As inscrições se estenderão até o dia 10 de julho do corrente ano e  só poderão ser feitas de forma online através do endereço https://academiaparnaibanadeletras.wordpress.com/. Neste link estarão também todas as informações relativas ao referido concurso.


terça-feira, 24 de junho de 2025

IRÃ X ISRAEL: A GUERRA ENTRE OS FILHOS: - O PRIMOGÊNITO E O DA PROMESSA


  


O céu está iluminado como se fossem relâmpagos e trovões em noites chuvosas. A sirene soa alto, para que todos escutem a tempo de se abrigarem em refúgios subterrâneos. Mais uma vez, a paz que tanto buscamos parece distante — quase impossível. É uma guerra que parece nunca ter fim.
Mas por que isso acontece?

A resposta não está apenas nas manchetes de jornais ou nas análises políticas. Essa história é muito mais antiga. Ela começa há milhares de anos, com um homem e uma promessa divina que mudaria para sempre o destino da humanidade. Esse homem era Abraão. E Deus lhe disse claramente:

"Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei" (Gênesis 12:1-2).

Essa promessa teve efeitos profundos e duradouros, que ecoam até hoje em cada explosão, cada ataque, cada conflito. O que realmente aconteceu com os filhos de Abraão para que, até os dias de hoje, suas descendências travassem ferozas batalhas?

Vamos começar a contar essa história — uma história de guerra e separação que atravessa milênios.

 

O Início da Divisão

Deus prometeu a Abraão um filho, dele surgiria uma grande nação. Mas o tempo passou, e nada acontecia. Sara, sua esposa, era estéril e já tinha idade avançada. Com o tempo, vieram as dúvidas, e com as dúvidas, a ansiedade e o desespero. Sara, então, tomou uma decisão precipitada: ofereceu sua serva egípcia, Agar, a Abraão. Dessa união nasceu Ismael, cujo nome significa "Deus ouve".

Ismael, fruto de uma escolha humana e apressada, não fazia parte do plano original de Deus. Sem perceber, Abraão e Sara plantaram uma semente de divisão que ainda hoje germina em guerras e tensões.

Agar fugiu das perseguições de Sara e encontrou-se com o anjo do Senhor, que disse sobre Ismael:

"Ele será como um jumento selvagem; sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos" (Gênesis 16:12).

O destino de Ismael foi marcado por sobrevivência, resistência e conflito. Embora vivesse sob os olhos de seu pai Abraão, ele crescia à sombra de uma promessa que não lhe pertencia.

 

O Filho da Promessa

Havia algo no ar — uma sensação de que Ismael não era o filho da aliança definitiva. E então, contra toda lógica humana, Deus cumpre Sua promessa. Abraão com 100 anos e Sara com 90 anos, tornam-se pais de Isaque, o verdadeiro herdeiro.

Com o nascimento de Isaque, a alegria inundou a casa de Abraão. Mas também plantou-se ali a semente de uma grande tensão: duas crianças com destinos diferentes. O coração de Abraão dividia-se entre o amor natural por Ismael, seu primogênito, e a clara direção divina que apontava Isaque como o escolhido.

“Tu, porém, guardarás o meu concerto, tu e a tua semente depois de ti” (Gênesis 17:9).

A casa de Abraão estava dividida: Isaque, o filho da promessa, protegido pelo favor divino; e Ismael, o filho do deserto, lutando silenciosamente contra a rejeição.

Deus, então, intervém novamente:

“Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz, porque em Isaque será chamada a tua descendência” (Gênesis 21:12).

Com o coração pesado, Abraão despede Agar e Ismael, marcando o início de uma separação permanente — dois irmãos divididos não apenas pela distância física, mas por destinos espirituais e promessas distintas.

 

Israel e os Filhos do Deserto

Isaque permanece como herdeiro da aliança eterna. Dele vem Jacó, depois chamado Israel, pai das doze tribos e do povo judeu — a nação escolhida para carregar a revelação divina ao mundo.

Por outro lado, Ismael também prospera. Torna-se pai de doze príncipes, multiplicando-se em diversas nações árabes que se espalharam ao redor de Israel.

A bênção de Deus acompanhou Ismael em termos de prosperidade, mas a aliança espiritual — o pacto eterno — permaneceu com os descendentes de Isaque. Essa pequena diferença se tornou, com o tempo, uma gigantesca divisão entre nações irmãs.

 

Um Conflito Muito Além da Geopolítica

As sementes plantadas naquela separação dolorosa ainda hoje produzem frutos amargos. Para muitos, os conflitos entre Israel e seus vizinhos parecem ser apenas disputas territoriais ou diferenças políticas. Mas a verdade mais profunda é que essa guerra não é apenas humana: é espiritual.

As Escrituras já haviam antecipado esse cenário:

“Ó Deus, não te cales; não te emudeças, nem fiques impassível, ó Deus. Pois eis que teus inimigos se alvoroçam e os que te odeiam levantam a cabeça. Formam astuto conselho contra o teu povo” (Salmo 83).

Desde o Egito até os dias modernos, Israel esteve cercado por inimigos. A raiz disso é a luta por identidade espiritual e legitimidade da herança.

 

A Terra Prometida e o Peso da Aliança

No centro de todos os conflitos, uma pequena terra — mas com significado imensurável. A terra que Deus jurou dar a Abraão:

“Porque toda essa terra que vês, eu a darei a ti e à tua descendência para sempre” (Gênesis 13:15).

Jerusalém tornou-se o ponto mais sensível da tensão. Cada grão de areia disputado carrega o peso de um pacto feito por Deus. Por isso, esse conflito não será resolvido por tratados. A raiz é mais profunda: quem é o herdeiro legítimo da promessa?

 

A História Não Terminou

A Bíblia mostra que Israel enfrentaria muitos inimigos ao longo dos séculos: egípcios, filisteus, amalequitas, moabitas, assírios, babilônios, e, mais tarde, Roma — que destruiu o templo e dispersou o povo judeu. Mas Israel não desapareceu. Em 1948, voltou a existir como nação.

Desde então, guerras como a de 1948 (Independência), 1967 (Seis Dias), 1973 (Yom Kippur) e conflitos intermináveis com grupos armados reafirmam que a luta de Israel não é apenas pela sobrevivência, mas por uma promessa antiga.

A pergunta que ecoa é: por que tamanha resistência contra um país tão pequeno?

A resposta está na promessa: Isaque carrega o selo da aliança, e Ismael carrega a luta por reconhecimento. Ambos têm um destino — e ele ainda está por se cumprir.

 

 

Um Dia, a Paz Virá

A Bíblia aponta para um tempo em que essa guerra entre irmãos terminará. Não por acordos políticos, mas por algo muito maior: o governo do Príncipe da Paz.

“E converterão suas espadas em enxadões e suas lanças em foices... não aprenderão mais a guerra” (Isaías 2:4).

Nesse dia, as duas descendências subirão juntas para Jerusalém para adorar o único Deus verdadeiro. Lágrimas serão enxugadas por Aquele que pode reconciliar o irreconciliável. A paz virá — a paz do Messias.

Deus nunca rejeitou Ismael; Ele apenas o colocou fora da aliança principal. Mas o plano de redenção é para todos os povos, inclusive os filhos do deserto.

 

A Cruz: O Lugar da Reconciliação

O apóstolo Paulo revelou o mistério escondido por séculos:

“E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:29). Com isso, toda divisão histórica é superada. Em Cristo, judeus, árabes, israelitas e ismaelitas podem ser reconciliados.
A guerra começou em Gênesis, mas a reconciliação foi anunciada em Jesus.

No fim, haverá um só rebanho, um só pastor, um só povo.

 

Conclusão

A história de Isaque e Ismael não é apenas uma lição do passado. É um espelho do presente e uma janela para o futuro. Hoje, enquanto sirenes soam e multidões se levantam contra Jerusalém, muitos perguntam: por que tanta guerra? A resposta está na origem — no dia em que dois irmãos foram separados, e uma promessa foi selada com uma aliança.

Mas o Deus que chamou Abraão ainda reina. Ele ainda fala. Ele ainda cumpre o que prometeu.

E Ele está preparando o retorno do verdadeiro herdeiro, o Filho que trará reconciliação entre os povos, justiça entre as nações e paz sobre toda a Terra.

“E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zacarias 14:9).

21 de junho de 2025 às 16h45min.

Walbert Pessoa é maranhense, natural de Colinas, Graduado em Licenciatura Plena em História pela UESPI  e  Pós-graduado em Psicopedagogia Hokemãh. 

 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

ESCRITOR PARNAIBANO LANÇA LIVRO NA BIENAL INTERNACIONAL DO RIO DE JANEIRO


Na manhã de hoje, sexta-feira,  dia 19 de junho, o jornalista José Luiz de Carvalho,  lançou, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro,  através da conceituada Editora Internacional o  seu livro “Haicais para Crianças - O Mágico do Oz".

José Luiz é buritiense, porém  radicado em Parnaíba há muitos anos, exerceu e exerce várias funções na vida pública, entre as quais é o presidente da Academia Parnaibana de Letras  - APAL e e da Seccional Parnaíba da Academia Mundial de Letras da Humanidade (AMLH).

 

O escritor e jornalista José Luiz de Carvalho



A Bienal Internacional do Rio de Janeiro é uma das feiras mais importantes do mundo e está  acontecendo   no período de 13 a 22 deste mês, no Riocentro.



A obra é bilíngue, em português e japonês, voltada para o público infantil, contendo haicais tradicionais ilustrados. Os desenhos foram feitos pelo ilustrador carioca radicado Waldenes Nascimento. Foram revisores do livro Rejane Sousa e Diego Mendes Sousa. Na contracapa consta  um   comentário é de Isabela Vidal.


Valdenes Nascimento o ilustrador da obra

O  lançamento de uma obra literária de um escritor ou poeta que labora e mora em solo parnaibano,  em um evento como a Bienal Internacional do Rio de Janeiro, não deixa de ser orgulho para a cidade;  por esta razão, qualquer movimento literário ou cultural que se leve a efeito em nossa cidade,  merece o apoio das autoridades do município, do estado, das instituições de classes, do comércio, enfim da sociedade de um modo geral, para que o nome de Parnaíba seja cada vez mais exaltado com a  positividade que Parnaíba merece.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

BRIGA NO CABARÉ

 

Causo Humorístico

Minha vó contava que...





Manoel Garcia dos Santos Marques,  1º Sargento da  da Polícia Militar do Maranhão, fora transferido para uma pequena cidade do interior do estado  na região dos Lençóis Maranhenses. 

Naquele tempo, as   cidades  interiorioranas possuiam no máximo três ou quatro  policiais militares,  e dois ou três  civis, sendo que  um  desses,  era o escrivão. Na a maioria das vezes,  o policial militar de maior patente era quem exercia o cargo de delegado de polícia, na ausência do titular civil,  que sempre apadrinhado por um político influente na capital,  era nomeado para a função sem ter qualquer conhecimento jurídico. Assim, o Sargento Garcia,  como era conhecido na cidade, no exercício do cargo,  passava o  dia inteiro na delegacia, ou então em viagens   diligenciais por  povodos vizinhos à sede  do município.

Sua esposa, a senhora  Isabel Allende Marques (dizia ela que seu nome tinha sido em homenagem a escritora chilena Isabel Allende de quem seu pai era grande admirador), católica fervorosa, preenchia as horas de solidão com os afazeres domésticos e  em orações  na igreja matriz que ficava próxima à sua residência. 

Certa feita,  numa manhã de sexta-feira,  dona Isabel vai à feira fazer as compras para preparar o almoço,  quando  depara-se com uma jovem bastante simpática que também estava  a fazer compras. Em seu ombro estava um papagaio. 

A ave, no ombro da moça, observava tudo. De vez em quando  suspendia a cabeça abria o bico e pronunciava:  louvado seja nosso senhor Jesus Cristo... para sempre seja louvado!. Pai nosso que estais no céu... santificado seja o teu nome... Ave Maria cheia de graça... rogai por nós os pecadores... que Deus te abençoe minha filha!!!

Ao ouvir essas palavras dona Isabel encantou-se pela ave! Dirigiu-se à senhorita e perguntou:  minha filha,  você não gostaria de me vender este papagaio? Ao que a moça respondeu: "não minha senhora.  Ele é quem faz a minha alegria,  todos os dias." Minha filha,  disse dona Isabel "eu lhe pago bem.  Quanto você quer por ele?" a moça replicou:  minha senhora,  ele não está  à venda,  e não há dinheiro que pague... "eu lhe dou  200 cruzeiros", insistiu e dona Isabel. A jovem hesitou um pouco,  pensou e disse:  está bem,  pode levar. É seu...
E assim dona Isabel partiu radiante para sua casa. Tratou a ave com todo carinho. Alimentou-a com frutas e sementes...

Neste dia, o Diácono,  como assim dona Izabel o batizou, ficou triste e cabisbaixo, não falava nada. Talvez por conta da mudança do ambiente no qual estava acostumado a ficar, porém no dia seguinte,  ao raiar  do dia,  lá estava a ave a caminhar   de um lado para outro  na comeeira  da casa  e pronunciar as orações. Dona Isabel,  satisfeita com o que havia adquirido,  foi à rua e convidou as amigas para um café no final da tarde,  pois iria lhes apresentar o Diácono.

 O papagaio ficou até mais ou menos às 09 horas repetindo as orações;  depois desceu,  aquietou-se em uma  janela interna da casa e passou a   alimentar-se do que lhe  era servido. 

À tarde, por volta das 16 horas, o sol já esfriando,  volta para comeeira. Foi  quando as convidadas de dona Isabel estavam chegando para o café. Observando-as chegarem uma por uma, o papagaio  corria de um lado para outro da cumeeira, esfregando o bico no telhado  dizia:  este é o cabaré mais animado da paróquia... tem mulher da bu... pelada e da bu...  cabeluda e uma Fo... é 10;  e continua repetindo:  este é o cabaré mais animado da paróquia... tem mulher da bu.. pelada da bu... cabeluda e uma Fo... é 10...

Dona Isabel não acreditando  no que estava ouvindo,  envergonhada diante de suas amigas da igreja,  correu na delegacia,  contou  ao sargento  Garcia o que estava acontecendo, e ele, imediatamente ao chegar em casa, chegou pegou seu  revólver "Tauros 32",  apontou em direção ao Diácono e disparou:  puuummm,  errou o tiro; de  pronto papagaio balançou a cabeça para um lado e para outro, suspendeu o pescoço e exclamou:  eita! briga no cabaré! f** e não pagaram!

O  que dona Isabel não sabia, é que a moça que lhe vendeu o papagaio tinha o apelido de "Quero Mais" e era a dona do mais frequentado prostíbulo da cidade na época, local onde o papagaio residia. 







sábado, 14 de junho de 2025

ARTIGO DE WALBERT PESSOA

 As Sete Lágrimas do Professor: Reflexão sobre os Desafios da Educação

 


       Em um canto silencioso do pátio da escola, um professor, marcado pelo tempo e pelas experiências, chora. Não são lágrimas comuns — são sete gotas de uma dor profunda, que revelam o que muitos educadores sentem, mas raramente expressam.

 

       Cada lágrima simboliza uma realidade que cerca o ambiente escolar e que, por vezes, corrói a essência do verdadeiro fazer pedagógico. A primeira lágrima nasce da indiferença, daqueles colegas que pouco valorizam a história, as regras e o crescimento pessoal, chegando à escola como se fosse um mero lugar de distração. Essa falta de apreço compromete não só a qualidade do ensino, mas também a construção de um ambiente saudável e produtivo.

 

       A segunda lágrima é a da incerteza, dos que esperam por milagres sem reconhecer seus próprios méritos. Muitos educadores permanecem presos ao desejo de que mudanças externas solucionem problemas internos, esquecendo que a transformação começa com o esforço e a crença em si mesmo.

 

       A terceira lágrima chora por aqueles que, em vez de construírem, semeiam discórdia, contaminando o espaço coletivo com conflitos desnecessários. Já a quarta aponta para os calculistas, que buscam tirar proveito das forças institucionais, ignorando o valor da união.

 

       A quinta lágrima é dedicada aos que usam o sorriso como máscara, acreditando na instituição somente enquanto ela lhes for útil, o que fragiliza a confiança e a coesão do grupo. A sexta, brota da superficialidade de quem busca refúgio na instituição, mas com intenções alheias ao verdadeiro propósito do ensino.

 

       Por fim, a sétima lágrima é a mais profunda e fluida — aquela do verdadeiro profissional, que carrega consigo o compromisso e a dedicação ao que significa ser professor. Essas lágrimas são um lembrete pungente de que, apesar das dificuldades e das pessoas que desviam do propósito, existem educadores que perseveram, protegendo e nutrindo não só o saber, mas a alma dos seus alunos.

 

       Este relato, adaptado de Walbert Pessoa, é um convite à reflexão sobre o papel dos educadores e os desafios que enfrentam. É um chamado para que valorizemos a educação de forma integral, reconhecendo não apenas o conhecimento, mas a sensibilidade e a humanidade que a profissão exige.

 

       Que essas lágrimas sirvam para inspirar união, respeito e renovação no ambiente escolar, pois é nele que se constrói o futuro de toda a sociedade.

 

Adaptado por Walbert Pessoa do original de Ricardo Polo, diretor da Revista Internacional Maçônica “Hiram Abiff” – Argentina.

 

 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

BLOG DO POETA ELMAR CARVALHO

 

Igreja matriz de Granja (CE)

Rua em Campo Maior (PI)
Maria Amália, esposa do senador José Eusébio
Maria Amália em arte feita pelo ChatGPT

Elmar Carvalho

Um certo ten.-cel. José Eusébio de Carvalho

(um breve relato biográfico e genealógico)

 

Poucos dias atrás, através de WhatsApp, o médico Marcos Conde Medeiros, me enviou link do site Family Search, em que constava a árvore genealógica do tenente-coronel José Eusébio de Carvalho, natural de Granja (CE), e de Onofre José de Melo, fundador da Fazenda do Desterro, em Piracuruca. Já sabia que descendia de Onofre José, mas desconhecia que José Eusébio seria meu tetravô, por parte de minha mãe.

Em virtude de uma divergência em pesquisas anteriores, eu e o Dr. Marcos Medeiros ficamos com uma dúvida sobre se eu descendia de Antônio Luís de Melo, como consta em um livro de meu primo Fabiano de Melo, ou se de Luís Antônio, como estava dito em outra pesquisa. Através do link referido acima, eu e o amigo Marcos Conde Medeiros ficamos com a convicção de que nós dois descendemos de Antônio Luís e não de Luís Antônio, ambos filhos de Onofre José de Melo e de sua mulher Cecília Maria das Virgens.

Minha mãe era filha de José Horácio de Melo (c/c Maria Carlota de Souza), filho de Horácio Luís de Melo e Antônia Quitéria de Carvalho. A partir deste ponto, irei me ater somente à família Carvalho, oriunda de Granja, da qual faz parte minha mãe, Rosália Maria de Melo Carvalho.

Antônia Quitéria, minha bisavó materna, era filha de Marcos José de Carvalho (c/c Quitéria Leopoldina de Carvalho), que era filho de José Eusébio de Carvalho, que vem a ser meu tetravô, sobre o qual desejo traçar sintética biografia. Através de sua árvore genealógica, contida no referido Family Search, obtive a seguinte informação, que foi extraída da biografia do célebre Pessoa Anta, da autoria do padre Vicente Martins, publicada na Revista Trimensal(1917) do Instituto do Ceará, com a devida atualização ortográfica:

“O Tenente-Coronel José Euzébio de Carvalho, irmão do capitão Domingos José de Carvalho, rico fazendeiro, senhor de escravos, que também havia assinado a célebre ata da proclamação, vendo a causa perdida, livrou-se da prisão fugindo para o Piauí, onde ficou residindo na vila de Campo Maior, incólume da perseguição dos imperialistas. Em Granja, entre outros cargos exerceu o de vereador da câmara e juiz trienal.

Contam que em uma viagem para o Piauí, com seus irmãos Domingos e Cândido José de Carvalho foram atacados no lugar Riacho da Areia, por capangas de Joaquim Ignacio Pessoa, que era seu particular inimigo. Desse conflito resultou a morte de Cândido José de Carvalho e saíram muitos feridos.

O tenente-coronel José Euzébio de Carvalho é avô de José Euzébio de Carvalho Oliveira, senador.”

Da referida biografia de Pessoa Anta, da autoria do padre Vicente Martins, recortei este relato (do qual fiz a atualização ortográfica), da participação de José Eusébio de Carvalho no importante fato histórico de Granja:

“O coronel Pessoa Anta, que estava em Granja de viagem para Fortaleza, vindo ter notícia da Proclamação da República, já influenciado pela nova causa por que de há muito batalhava, seguindo as instruções recebidas do coronel Tristão e padre Mororó, por intermédio do frei Alexandre da Purificação, que residia em Granja, cheio de entusiasmo pela causa da República, desistiu de sua viagem e tratou logo de reunir a câmara municipal da vila, de que dispunha e aderir ao novo governo.

 

No salão da câmara foi lavrada a ata de aclamação da República e assinada pelos vereadores e membros de sua família, que eram os mais exaltados patriotas, republicanos, cujos nomes são os seguintes, a saber: - o advogado Manoel Joaquim da Paz, o padre José da Costa Barros, vigário da freguesia e irmão do presidente deposto, o tenente-coronel Pedro José da Costa Barros, Francisco de Paula Pessoa, frei Alexandre da Purificação, Francisco Rodrigues Chaves, João Porfírio da Mota (vereador), Plácido Fontenele, Inácio José Rodrigues Pessoa, Elias Ferreira de Abreu, José Raimundo Pessoa, Inácio José de Barcelos, Joaquim de Andrade Pessoa, José Eusébio de Carvalho, Joaquim da Costa Sampaio (juiz ordinário), Antônio Inácio de Almeida Bravo (português, advogado), Antônio Zeferino Caju da Granja, e Francisco de Paula Ferreira Chaves (tabelião).”

A mesma fonte biográfica relata que do recinto da Câmara esses republicanos se deslocaram até o adro da igreja matriz, onde fizeram a Aclamação da República no meio de entusiasmados vivas. Dirigiram-se depois ao local do pelourinho, situado na praça da matriz, e o destruíram completamente, tal o entusiasmo de que se achavam possuídos.

José Eusébio de Carvalho, casado com Josefa Odória de Sant’Anna, nasceu em Granja, aproximadamente em 1800, e faleceu em Campo Maior, entre os anos de 1845 e 1854. Era filho de Domingos José de Carvalho e sua mulher Quitéria de Brito Passos. Foi vereador da vila de Granja, juiz trienal, tenente-coronel e comandante da Guarda Nacional.

Como visto, participou da Confederação do Equador, que foi um movimento revolucionário, ocorrido a partir de 2 de julho de 1824, em Pernambuco. Esse movimento separatista e republicano foi uma reação contra a tendência autoritária, monarquista e a política centralizadora do governo de Pedro I. Teve participação de várias províncias nordestinas, inclusive Ceará e Piauí.

Com o malogro dessa insurreição, José Eusébio, conforme consta acima, se refugiou em Campo Maior, onde nunca foi incomodado pelos partidários do regime imperial, até porque sobreveio a anistia em 1825. Por esses escassos e algo imprecisos dados biográficos, José Eusébio era ainda muito jovem quando participou da Confederação do Equador, e pagou um alto preço por isso, pois teve de se refugiar em Campo Maior, bem como deve ter ficado afastado de suas ocupações laborais de costume.

Era avô do senador José Eusébio de Carvalho Oliveira, injustamente esquecido em sua terra natal, sobre o qual desejo dizer algumas palavras, de caráter biográfico.

José Eusébio de Carvalho Oliveira nasceu em Campo Maior, em 10 de janeiro de 1869 e faleceu no Rio de Janeiro, em 25 de abril de 1925. Era filho de Marcos José de Oliveira Sobrinho e Liduína Rosa de Carvalho. Casou-se com Maria Amália Toucedo Martins Lisboa (1879–1955), nascida e falecida na cidade do Rio de Janeiro, com quem teve vários filhos.

Foi jornalista, promotor de Justiça, magistrado, membro de Junta Governativa do Piauí. Essa Junta, instituída em dezembro de 1891, de curta duração, era composta por João Domingos Ramos, Higino Cunha, Clodoaldo Freitas, Elias Firmino de Sousa Martins, José Pereira Lopes e José Eusébio de Carvalho Oliveira.

Foi ainda inspetor do Tesouro Público e procurador-geral do Estado do Maranhão.

Lutou, juntamente com Domingos Perdigão, para a criação da Faculdade de Direito do Maranhão, instalada em 1918.

No final do século XIX, filiou-se ao Partido Republicano do Maranhão, pelo qual foi eleito deputado estadual. Elegeu-se deputado federal em março de 1900, conseguindo se reeleger para o mandato seguinte, dessa forma se mantendo nesse cargo até 1908.

Sobre sua atuação política, assim nos informa o notável historiador Reginaldo Miranda:

“Com a morte de Benedito Leite em março de 1909, de quem era seguidor e correligionário, passou a liderar o esquema situacionista, assumindo posição de realce na política maranhense. Nesse mesmo mês lançou-se candidato ao Senado Federal, sendo majoritariamente sufragado. Tomou posse em abril, para um mandato de nove anos, que foi concluído em 1918, quando foi sucessivamente reeleito para um mandato que deveria ser concluído em dezembro de 1926.”

Como senador teve destacada atuação, porquanto foi membro das comissões de Saúde Pública, de Instrução Pública, de Constituição e Diplomacia, de Finanças e de Redação do Senado.

Assim, José Eusébio de Carvalho Oliveira, nome de uma pequena rua em Campo Maior, injustamente esquecido pelos seus conterrâneos, teve atuação de alto destaque no Maranhão. Foi congressista por 25 anos (de 1900 a 1925) e pertenceu aos três Poderes, como magistrado, como parlamentar (deputado e senador) e como integrante de uma Junta governativa.

  REFERÊNCIAS:

Site Family Search, acesso em 10/06/2025.

José Eusébio de Carvalho Oliveira, artigo de Reginaldo Miranda, publicado no blog Poeta Elmar Carvalho, acesso em 10/06/2025.

Biografia de Pessoa Anta, de Pe. Vicente Martins, publicada na Revista Trimensal (1917) do Instituto do Ceará.