Diego Mendes Sousa
Que o Tempo não refute nunca
o rastilho prisioneiro e perplexo
do Amor
pois o sangue - motor da vida - pulsa
rarefeito
no apelo escondido dos Astros
a debilitar o indispor do mundo
que arrasta o azul sobre o branco:
o ar puro da
felicidade
Somente o Amor filtra a ofensiva
da amargura em qualquer coração
e derrama o inusitado sobre o rosto
a orvalhar a eviternidade
e apreender o martírio de tédio
que deslumbra
a existência sufocante
em recatos de sabedoria enevoada
Poema de Diego Mendes Sousa,
extraído do livro 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor (Edições Galo Branco, 2010).
Diego Mendes Sousa é um dos seis candidatos que concorrem à cadeira de número 27 da Academia Parnaibana de Letras.
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