segunda-feira, 7 de setembro de 2020

COMO ERA O SETE DE SETEMBRO

 Nesta manhã de 07 de setembro, como sempre faço aos domingos e feriados, saí um pouco da clausura para uma caminhada, até mesmo para cumprir recomendação médica. Aproveito os sábados, domingos e feriados porque praticamente o fluxo de transeuntes não existe. 

Geralmente faço o seguinte percurso: saio de minha casa na rua Florindo Castro, sigo até a esquina da avenida Capitão Claro onde vejo o Colégio São Luis Gonzaga e o Monumento do Sesquicentenário da Independência do Brasil, o qual foi inaugurado pelo então governador Alberto Silva em 19 de outubro de 1972. Daí então volto e sigo em direção à praça Santo Antonio, cruzo a rua Ademar Neves e sigo até à Pedro II na esquina do sobrado onde mora minha prima Deolinda Furtado Silva Marinho. Faço esse percurso aproximadamente umas 10 vezes.

Foto Jornal da Parnaíba - outubro de 2013

Hoje, atraído pelo rufar de tambores fui um pouco mais adiante e cheguei até as proximidades da Praça Santo Antonio onde foi erguido o monumental Centro Cívico idealizado pelo engenheiro Lauro Correia quando prefeito da cidade.



Não me aproximei do local mas de onde eu  estava, em frente à clínica dr. João Silva Filho, tinha uma visão perfeita do que estava acontecendo, mas confesso que fiquei triste quando vi apenas  a fanfarra de uma escola que deveria ser a Escola Rolando Jacob, a Banda Municipal,  e no palanque, isto é,  no monumento ao alto, as autoridades, inclusive o prefeito.  Na assistência ou platéia umas poucas pessoas que poderiam ser contadas a dedo, como se diz popularmente. Do lado da Maternidade Marques Bastos uma viatura policial  da Força Tática  com três soldados que não se demoraram muito e foram embora.



Ano passado, nesta data, a Praça Santo Antonio lotada. Pessoas de todas as classes sociais. Vendedores de pipoca e salgados, hot dog etc... aproveitando para faturar um pouquinho mais. 

Desfile de 7 de setembro de 2019 - Crédito foto: Jornal da Parnaíba


Diante desse quadro que presenciei quedei imaginar quão maligno  esse tal coronavírus está sendo para o nosso país.  O Sete de Setembro que antes celebrávamos com galhardia, com a presença de grupos de escoteiros, de lojas maçônicas,  de estudantes das escolas públicas e particulares de Parnaíba lotando as avenidas Capitão Claro e Chagas Rodrigues no entorno da praça Santo Antonio, o que se via hoje, poder-se-ia dizer, era um quadro desolador, triste...

Absorto estava em meus pensamentos quando ouvi a voz do cerimonialista, professor e acadêmico Israel Correia anunciar a primeira fala da manhã que seria do presidente da Academia Parnaibana de Letras, professor, escritor e jornalista José Luis de Carvalho, especialmente convido para discorrer sobre a histórica data de Sete de Setembro.

José Luis discorreu citando que  a história da independência de nosso país começa com Napoleão Bonaparte invadindo Portugal obrigando a família real chefiada pelo Rei Dom João VI fugir para o Brasil.  Cita fatos que se desenrolam até o 7 de setembro de 1822.

Após a fala de José Luiz  foi a vez do médico Valdir Aragão, assessor especial do prefeito. Dr. Valdir citou os governos da revolução de 1964, a chamada ditadura militar  enfatizando como tendo sido os melhores de nosso país.

Em seguida foi a vez do historiador Diderot Mavignier que discorreu sobre a data destacando a importância  do Piauí nesse fato histórico inclusive citando o 19 de outubro como o movimento de apoio ao novo rei e contra o domínio português.

Antecedendo a fala do prefeito,  a Banda Municipal sob a batuta do maestro Charles executou o Hino da Independência, o Cisne Branco (canção do marinheiro Hino da Marinha) e o Hino do Exército.

O prefeito como sempre, repetitivamente  falou da grandeza da Parnaíba. Fez comparações  com o Rio de Janeiro dizendo que aquela "não é mais a cidade maravilhosa" e sim a nossa cidade. Bravos!!! aplaudi... Foi então que citou  que o "melhor hospital do país" na cura do coronavírus encontra-se em nossa cidade.

O cansaço chegou,  como ainda não tinha  ouvido  Mão Santa falar sobre a importância de se celebrar o 7 de setembro resolvi voltar para o meu lar.

Só que ao chegar em casa fui refletir sobre duas coisas a fim de encontrar respostas: o Rio de Janeiro que possui o Cristo Redentor considerado uma das maravilhas do mundo moderno,  belas praias, o Horto da Tijuca, o Pão de Açúcar e outras belas atrações por qual motivo não é mais considerada a cidade maravilhosa do nosso país? Será que os médicos dos  hospitais Sírio Libanês, Albert Einstein de São Paulo e de outros do Rio, São Paulo, Belo Horizonte precisam não estão agindo de forma correta no tratamento da Covid 19?

Cristo Redentor - uma das oitavas maravilhas do mundo



















2 comentários:

  1. Aqui, de relance, num canal que nao assisto corriqeiranente, ouvi ele dizer wue Parnaíba é a cidade que mais cresce no mundo. Achei estapafúrdia a declaraçao, mas ao mesmo tempo lembrei que na minha ignorancia por nao conhecer as cidades mundo afora, mas acredito wue parnaiba seja das melhores cidades do mundo sim. E se hoje goza de um desenvolvimento maior, nao será pelo fato de la haver ate faculdade de medicina, criada,facilitada pelo governo do Pt?

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  2. Parnaíba realmente é uma cidade que tem um povo acolhedor e trabalhador. Alguns poucos insanos não querem enxergar as melhorias na educação criadas no governo PT. Apesar do Lula não ser "escolarizado" não abre a boca para dizer um disparate ao ponto de dizer que Parnaíba é mais iluminada do que Paris. Eu particularmente AMO Parnaíba, fui muito bem acolhido na cidade, aqui meus filhos nasceram, criaram-se e convivo em harmonia com o seu povo mas jamais voo abrir a boca para dizer tal idiotice.

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