terça-feira, 11 de novembro de 2025

PROFESSOR PARNAIBANO TORNA-SE IMORTAL NA ACADEMIA MAÇÔNICA DE LETRAS DO PIAUÍ

O imortal Raimundo José e seu filho o médico e professor
do Curso de Medicina da UFPI Dr. Raimundo Junior, que também 
é maçom.

        Na manhã de  segunda-feira, 10 de novembro, no prédio  do  SESC,  na avenida Cajuína,  no Bairro Jockey, zona leste de Teresina,  tomou posse como membro da Academia Maçônica de Letras do Piauí – AMALPI, Raimundo José Cunha Araujo, mestre instalado, na cadeira 27, cujo patrono foi Narciso Correia Lima. A solenidade foi presidida pelo presidente da AMALPI, Eminente Francisco Valdeci Cavalcante, que é também atualmente o Grão Mestre estadual. O evento contou com a presença de vários ilustres maçons e acadêmicos, tendo sido a saudação oficial feita pelo secretário da AMALPI, Francisco Washington Bandeira Santos, destacando que,  "além do reconhecido mérito, faz-se justiça ao trabalho pioneiro do Irmão Raimundo José nas primeiras tratativas de criação da Academia Maçônica de Letras no Piauí".  Falaram ainda na solenidade os acadêmicos Rogério Castelo Branco da Silveira e Elmar Carvalho (também membro da Academia Parnaibana de Letras e da Academia Piauiense de Letras), os quais foram unânimes em ressaltar as qualidades do novo acadêmico. Falou ainda o mestre maçom e filho do Professor Raimundo José, o também Professor universitário Raimundo José Junior, que manifestou a alegria de ver o reconhecimento de seu pai e da felicidade de ver a AMALPI como uma extensão da Ordem Maçônica, no engrandecimento cultural do nosso estado, colocando o conhecimento como instrumento transformador de uma sociedade mais justa e igualitária.

Raimundo José e eminente Grão Mestre do Piauí, Valdeci Cavalcante

         Raimundo José Cunha Araujo é natural de Parnaíba onde, além de trabalhar na REFESA, exerceu por muitos anos o magistério em diversas instituições de ensino da cidade como o Colégio Estadual Lima Rebelo, União Caixeiral, Escola Comercial de Parnaíba (onde inclusive foi diretor). Oriundo da segunda turma do Curso de Administração de Empresas do Campus Ministro Reis Velloso,  transferiu-se para Teresina em 1977 para trabalhar no antigo INAMPS por haver sido  aprovado em concurso público. Trabalhou até aposentadoria na UFPI em Teresina onde foi por muitos anos professor do Curso de Administração no Campus de Teresina além de exercer outros cargos na mesma instituição.

        Em todas as instituições onde trabalhou Raimundo José deixou a marca de sua competência, honestidade e decência, qualidades herdadas por seus filhos e que os tornam admirados e  respeitados  por seus colegas de trabalho, amigos e familiares.

        Ao imortalizar-se na Academia Maçônica de Letras do Piauí - Raimundo José, será mais um nome a somar-se com tantos outros pelo engrandecimento das letras e da ordem maçônica no Piauí.

Outras fotos do evento




domingo, 9 de novembro de 2025

HOMENAGEM AO JORNALISTA BATISTA LEÃO

 


Foto e pesquisa fornecidos pelo ChatGPT

Batista Leão — A voz que moldou a imprensa e a cultura de Parnaíba

Texto adaptado por Antonio Gallas

        Esta homenagem (in memoriam) é um dever de minha parte, tendo em vista que Batista Leão foi uma das pessoas que muito me ajudou, quando da minha chegada a Parnaíba no ano de 1972. Deu-me oportunidade no rádio onde eu criei a "Crônica da Cidade” e no jornal, nomeando-me diretor-secretário do bissemanal “Folha do Litoral” do  qual ele era diretor-superintendente. 

        Bernardo Batista Leão, jornalista, radialista e homem público. Natural da cidade de São Bernardo no estado do Maranhão, chegou a Parnaíba ainda jovem. À essa época, Parnaíba já era um importante entreposto comercial e cultural do Norte do Piauí. Parnaíba foi o cenário onde Batista Leão descobriu sua vocação para o jornalismo.  Desde cedo, demonstrava interesse por política e por temas sociais, o que o aproximou das redações e, mais tarde, da vida pública.

        Nos anos 1950 e 1960, Bernardo Leão consolidou-se como uma das vozes mais ativas da imprensa local. Atuou como editor, redator e dirigente em diversos jornais — entre eles Folha do Litoral, Gazeta do Piauí e A Tribuna —, além de colaborar com outras publicações regionais, como Aljava.
Seu estilo era direto e comprometido com as causas populares. Nas páginas que dirigia, criticava a desigualdade entre o Nordeste e o restante do país, cobrando investimentos federais para o desenvolvimento da região. Em um de seus escritos jornalísticos  denunciava a falta de atenção ao Porto de Luís Correia e à infraestrutura do litoral piauiense — um tema que ainda ressoa,  décadas depois.

        Além da imprensa escrita, Leão também brilhou no rádio, um meio que aproximava ainda mais o jornalista de seu público. Foi coordenador-geral da Rádio Educadora de Parnaíba, onde redigia o “Rádio Repórter Educadora” levado ao ar de segunda a sábado ao meio dia,  e apresentado por locutores da época como Gilvan Barbosa, Reginaldo Mendes, Raimundo Reis,  além de  outros.  

        Batista Leão também foi um nome, na política, nas letras e na cultura parnaibana. Ele foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Parnaíba, exercendo mandatos marcados pela defesa da cultura e da comunicação pública.  Foi membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Parnaibana de Letras - APAL. Foi o primeiro titular da Secretaria Municipal de Cultura de Parnaíba, onde promoveu ações culturais e projetos de preservação da memória local — um passo pioneiro para a institucionalização da política cultural na cidade. Foi um grande orador.  Seu timbre inconfundível e sua postura crítica lhe renderam grande respeito entre ouvintes e colegas.

        Com seu falecimento novembro de 2004, Batista Leão deixou um vazio difícil de ser preenchido.         Sua memória, no entanto, continua viva!

        Em Parnaíba, uma rua no Bairro Frei Higino leva seu nome — Rua Jornalista Batista Leão — e sua trajetória é lembrada por entidades culturais como a Academia Parnaibana de Letras. Em 2017, ele foi homenageado (in memoriam) com o Diploma e a Medalha do Mérito Municipal, em reconhecimento à sua contribuição à cidade.

        Agora, em 2025, está sendo homenageado pela ASCOMPAR – Associação  dos comunicadores de Parnaíba nesta Semana da Imprensa prevista a acontecer conforme programação abaixo:


terça-feira, 4 de novembro de 2025

REQUIESCAT IN PACE PROFESSORA FRANCINETE

        
Imagem retirada da google



        Na tarde desta terça-feira, dia 04  de novembro, recebo,  através do confrade Benedito Lima, a triste notícia do falecimento  da professora Francinete de Oliveira Lemos.  A partida da professora Francinete para a vida eterna  deixa um vazio incalculável na comunidade educacional parnaibana, e por que não dizer, também em nossos corações. Com mais de 90 anos de vida, em plena lucidez, a professora Francinete dedicou sua vida ao ensino, portanto  deixa um legado indelével na educação da nossa cidade.

        Foi uma verdadeira mestra, que não apenas alfabetizou gerações de alunos, mas também inspirou e moldou profissionais em diversas áreas, incluindo medicina, direito, educação e muitas outras. Sua dedicação e paixão pelo ensino inspiraram inúmeras pessoas a seguir carreiras que transformam vidas. Um legado que nunca será esquecido!

        A cidade lamenta o ocorrido hoje. Tão logo a noticia de seu falecimento foi divulgada nas redes sociais, aqueles que foram seus alunos começaram emitir notas de condolências e de sentimentos de pesar. E não faltaram os elogios à professora dedicada ao ensino,  que impunha certas regras rígidas (válidas à época); possuidora de um caráter firme e inabalável, mas de um coração caridoso e por essas razões ganhava o respeito, a admiração e o  carinho de seus alunos. Educou os filhos, formou-os todos. Cumpriu assim seu papel de mãe e de educadora. A professora Francinete será lembrada por sua bondade, sabedoria e capacidade de inspirar seus alunos a alcançar seu potencial máximo. Seu legado continuará a viver através das vidas que ela tocou e das lições que ela ensinou.

        Tive o prazer de conviver com a professora Francinete quando ensinávamos no Ginásio Clóvis Salgado. Convivi também com seus dois filhos que já estão no Reino de Deus, o advogado Hélio Lemos e a colunista social Lilia Lemos, e também com o Ribamar, meu colega de magistério; Dr. Cantídio Neto não tive convivência em virtude de o mesmo não residir em Parnaíba, entretanto sempre ouvi boas referências a seu respeito.

        Minhas  mais sinceras condolências à família, amigos e colegas da professora Francinete. Que sua memória seja uma bênção para todos que a conheceram e que seu legado continue a inspirar futuras gerações.

        Descanse em paz, professora Francinete. Seu trabalho e dedicação nunca serão esquecidos pela comunidade parnaibana.
        FIQUE NA GLÓRIA DE DEUS!

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

ESTANTE DE LIVROS

A CULPA É DO PADRE E O VESTIDO DA CHIQUINHA

         Na amanhã desta quinta-feira,  30 de outubro, ao tentar dar uma arrumada em meus alfarrábios e tirar a poeira de alguns livros da minha humilde biblioteca, encontro o livro "Memória Insistente" de autoria do piracuruquense ,  Joaquim Ribeiro Magalhães, o qual me foi presenteado pela acadêmica Socorro Magalhães, cadeira 06 da Academia Piauiense de Letras - APL em uma visita que  fiz ao sodalício em novembro de 2018.


    Socorro é filha do autor,  o qual possuiu, além de outros irmãos, o ilustre político piauiense Francisco das Chagas Ribeiro Magalhães, de saudosa memória (com quem tive o prazer de privar de sua saudável  amizade à época em que eu escrevia a "Crônica da Cidade" lida no "Rádio Repórter Educadora" na emissora dirigida pelo jornalista Batista Leão), também de  saudosa memória. 

        Ao escrever o oferecimento e autografar o livro,  Socorro enfatiza  "histórias que meu pai gostava de contar." São contos, histórias curtas, sempre carregadas com um tom de humor, num português de fácil compreensão que prende o leitor do começo ao fim, nos quais, ou nas quais, Joaquim Magalhães relembra momentos inesquecíveis de sua infância e juventude, vividos na sua terra natal  — a abençoada   Piracuruca de Nossa Senhora do Carmo, ou ainda  a "terra dos irmãos Dantas", e também fatos da juventude vividos na "cidade verde" — Teresina.



        Logo que, cuidadosamente, retirei a poeira do livro,  abri-o aleatoriamente e este direcionou-me à página de nº 55 com o título de "A Culpa é do Padre" onde trata das antigas cafezeiras (vendedoras de café) do mercado público de Piracuruca, dentre elas dona Maria, metida a moralista que não gostava de ser chamada  pelo apelido de Vermelha. Ficava, como diz o autor, uma porca parida quando era apelidada. E foi assim que em um belo dia, um caboclo bêbado adentra em seu ponto de café que também era um restaurante e trava com ela o seguinte diálogo:

" — E aí dona Maria Vermelha, já tem boia pronta?

— Respeito é bom e eu gosto!

— Onde tá a falta de respeito dona Maria Vermelha?

     Dona Maria, mais vermelha do que nunca responde:

— Não fui batizada por Maria Vermelha.

— Ah, então a culpa é do padre, que só batiza pelo primeiro nome."

E o vestido da Chiquinha? 

Fica para a edição seguinte deste blog! 




sábado, 25 de outubro de 2025

O CENTENÁRIO DE ZEZÉ FERREIRA

 




ANTES
ATUAL



Completar um século de vida é, sem dúvida, uma dádiva divina, e  ainda mais inspirador,  quando essa jornada é marcada pela lucidez e pela vitalidade que a pessoa demonstra. 

É assim, registrada por essas benevolências, que a senhora Maria José Ferreira  Sousa, ou simplesmente Zezé Ferreira,  completa hoje, dia 25 de outubro, cem anos de preciosa existência, e recebe as homenagens de familiares e amigos. A Parnaíba toda conhece, admira e respeita  esta senhora, pois  foi auditora da Receita Federal e professora de contabilidade na  antiga Escola União Caixeiral, a primeira escola de contabilidade de Parnaíba.

Como auditora da Receita Federal,  serviu com dedicação e integridade, contribuindo para a gestão eficiente dos recursos públicos. E como renomada professora de contabilidade,  inspirou gerações de estudantes, compartilhando seu conhecimento e experiência com paixão e sabedoria. Seu legado é um exemplo para todos, tanto no funcionalismo público quanto na educação. Deixa uma indelével marca  na cidade, e sua contribuição será lembrada por muitos e muitos  anos.

Natural de São Luís do Maranhão, cidade conhecida como "Athenas Brasileira" terra de ilustres poetas, como Ferreira Gullar, seu primo. No sangue da família corre o sangue da poesia e como exemplo, temos  o consagrado poeta parnaibano Diego Mendes Sousa, seu neto, admirado e elogiado neste Brasil afora. Maria José casou-se com o artista  tutoiense  Aldi do Espírito Santo da Anunciação Veras, com quem teve cinco filhos todos do sexo masculino, dois dos filhos,  Marco Aurélio e Carlos Magno (in memriam) já estão no Reino dos Céus. Enviuvou em 06 de Março de 2014 e continuou a tocar o barco de sua vida com galhardia e maestria - qualidades que lhes são peculiares.

Parabéns minha ilustre e querida amiga Maria José Ferreira Sousa. Em nome de minha família, e de todos aqueles que aqui residem, desejo-lhe muita saúde, felicidade e paz nesta data tão especial. Que a senhora  continue a receber o carinho e a admiração de familiares, amigos e ex-alunos. Parabéns!  Que ilumine e abençoe sua vida tanto aqui na terra, quanto na eternidade!




quarta-feira, 15 de outubro de 2025

E O SALÁRIO ÓH?

 HOMENAGEM AO PROFESSOR



De acordo com a  Wikipédia, a enciclopédia livre,  professor é uma pessoa que ensina ciência, arte, técnica,  além de  outros conhecimentos. 

Mas na realidade, assim penso eu, somos todos professores e também alunos, pois sempre temos algo a ensinar e a aprender. 

Hoje, 15 de outubro, é a data que  o profissional da educação é homenageado.  É  o DIA DO PROFESSOR, do docente, a pessoa qualificada que na sala de aula transmite ao aluno o conhecimento da arte, da técnica, da história, da literatura, enfim, transmite o conhecimento do saber.
Certa feita, em conversa amigável com Lima Couto, professor de língua inglesa, de saudosa memória,  disse-me ele,  que o inglês era apenas uma  desculpa para que ele pudesse transmitir aos jovens daquela época,  as lições da vida. 
Lima Couto,  assim como tantos outros, é nome de destaque na educação de Parnaíba, embora não sendo parnaibano, assim como eu, foi um  nome que honrou o magistério desta cidade de povo bom e hospitaleiro chamada Parnaíba.
E como não poderia deixar de homenagear esta honrada e sofrida  classe, à qual pertenço da qual muito me orgulho. Assim,  improvisei estes versos em espécie de cordel. Ei-los:

HOMENAGEM AO PROFESSOR
Antônio Gallas    

O professor é um bravo!
Acorda ao raiar do dia,
Vai pra escola ensinar,
Com a maior alegria.
Muitas vezes vai a pé,
Porque não tem condução,
O que ganha é muito pouco                                                          
Mal dá pra alimentação.

Quando chega na escola
Vai sendo logo  cobrado:
Corra pra sala de aula,
Você já está atrasado!

E quando chega atrasado
Vê sua frequência cortada
E a falta desse dia
Do salário é descontada.

O professor não tem folga
Está sempre ocupado
Tem provas pra corrigir
No domingo ou feriado.

Tanta ficha e caderneta
Ele tem de preencher
E num quadro esburacado
Também vai ter que escrever.

As férias do professor
Essas nem mais se fala.
Se ele não tá planejando,
Está na sala de aula.

São tantas as disciplinas
Que ele tem de lecionar
E já foi advertido
Que não pode reprovar.

Os alunos não estão
Nem aí pro Português
E dizem com tal desdém
Pra que aprender Inglês?

O professor paciente
Tenta a todos explicar
Que o Inglês está presente
Em tudo quanto é lugar.

Os alunos displicentes
Não procuram aprender
Mas o tal “I Love you!”
Eles já sabem dizer.

É uma árdua missão,
Essa de ser professor
Mas ele nunca se cansa
E ensina com amor.

Da educação infantil
Ao curso superior
Todos vão ter que passar
Pela mão do professor.

Deputado ou senador
Prefeito ou governador
Ái deles se não tivessem
Tido um bom professor.

Parabéns ao professor,
Mestre da educação
Que ensina com amor
Carinho e dedicação.

Eis aqui minha homenagem
A esta classe sofrida
Que com responsabilidade
Não descuida da sua lida.



OBS: imagens meramente ilustrativas retiradas do "google images".

NOTA DO REDATOR
 Cora Coralina afirma que é  "feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Assim para homenagear esta classe honrada e sofrida, à qual pertenço com muito orgulho, retorno ao blog depois de uma ausência de quase dois mêses sem nada postar. A todos os meus colegas professores um meu abraço por este dia tão especial em nossas vidas. Parabéns colegas!

sábado, 23 de agosto de 2025

MEMÓRIA JORNALISTICA

 SOSSEGA QUE O LEÃO É MANSO!

Bernardo Batista Leão, também procedente do estado Maranhão, tornou-se um dos ícones do jornalismo parnaibano, nas décadas de 1960 a 1980. Além da prodigiosa e perspicaz   inteligência política, Batista Leão  era um brincalhão, um apreciador e desfrutador das coisas boas da vida, tanto assim que de vez em quando fazia umas presepadas (no bom sentido evidentemente) muitas delas perpetuadas na memória de seus amigos e admiradores.



Rubem Freitas, também maranhense, colunista amado pela sociedade parnaibana, na sua coluna denominada Carnet-Social do jornal Folha do Litoral, edição de 21 de janeiro de 1973 faz a seguinte brincadeira com o nobre jornalista. Vejam aí:


Do livro Memória Jornalística (em fase de edição)


terça-feira, 12 de agosto de 2025

4º FLIBG BARRA GRANDE

 Feira Literária de Barra Grande movimenta a economia  no litoral  piauiense 



Na segunda quinzena do mês de agôsto, a rede hoteleira, comércio e praias do litoral do Piauí têm a expectativa de uma grande movimentação na região, com a realização da 4ª edição da FLIBG – Feira Literária de Barra Grande que promete impulsionar o turismo e a economia local.


O evento acontece de 14 a 16  de agosto no povoado Barra Grande, no município de Cajueiro da Praia e tem o objetivo de conectar escritores e escritoras e jovens leitores do Brasil. Este ano a FLIBG homenageia a escritora e jornalista Sônia Terra e o escritor e editor Claucio Ciarlini. As atividades programadas para a Feira envolvem o lançamentos de livros, rodas de conversa,concursos,contações de histórias,debates e shows com artistas regionais e locais, além da participação de escritores, escritoras e poetas de outros estados.

A coordenadora da FLIBG, a escritora Josilene Neres,destaca as novidades como o Prêmio de Literatura Kenard Kruel da Academia Piauiense de Letras,o lançamento do livro de redações dos alunos premiados na última edição da Feira,além da doação de livros da Secretaria de Estado da Educação do Piauí e o cheque livros,que segundo a coordenadora, facilita a aquisição de grandes obras principalmente para os/as estudantes da rede pública, que não têm condições de comprar livros com facilidade.

 “Outro destaque desta edição é  a atuação do Tribunal de Justiça durante a Feira, com o ônibus da Itinerância, que oferecerá os serviços de registro de ações por parte do cidadão e informará sobre os processos e direitos à população local  e O Projeto EDUCAR versão 2025 com o “Jogo da  Memória” ; um sucesso no 23º Salão do Livro do Piauí com mais de  9 mil acessos tornando-se uma das atrações mais procuradas do evento. Um jogo desenvolvido para trabalhar ações educativas e culturais de combate ao trabalho infantil” acrescenta Josilene.
A coordenadora informa ainda que durante a FLIBG serão distribuídos materiais educativos e brindes para as escolas participantes

Lançamentos dos livros:  "Antologia poética do Piauí e outras participações - Brasil e Cuba", organização: Marleide Lins, Jone Clay Macedo e Nelson Simón, e "Coletânea poética de mulheres afrodescendentes, Piauí-Brasil e Pinar del Rio - Cuba", organização: Marleide Lins e Nelson Simón.

A Programação completa da Feira está sendo divulgada pelas redes sociais do evento
@feiraliterariadebarragrande
Serviço
4ª FLIBG – Feira Literária de Barra Grande
Data: 14,15 e 16 de agosto de 2025
Local : Barra Grande  Cajueiro da Praia

Contatos
Josilene Neris 86 9 8190 80 97
Sônia Terra 86 9 9829 07 13
Jota A 86 9 9975 25 14
Mais informações
Ascom: Edna Maciel 86 9 8147 55 68

quarta-feira, 30 de julho de 2025

O CRIME AO CAJUEIRO




Imagens dos galhos do  cajueiro antes do corte com serra elétrica

Antonio Gallas 

        Na manhã de sábado, dia 23, ao trafegar pela Rua Coronel. José Narciso, onde está localizado o Cajueiro de Humberto de Campos, observei que alguns dos seus galhos (os que pendiam para a rua, ultrapassando a grade de proteção que lá existe) haviam sido cortados com serra elétrica.

        Mais tarde, ainda no mesmo dia, encontrei o poeta e colaborador deste jornal, Alberto Furtado, na Praça da Graça, próximo à Banca do Louro, que comentou sobre o acontecido e expressou um pouco de revolta com a forma como foram cortados os galhos do cajueiro, afirmando que a parte cortada não floresceria mais.

        Na opinião de Alberto, a cultura e o patrimônio histórico parnaibano não são preservados por quem de direito. A casa onde morou Humberto de Campos é uma prova disso, pois está se deteriorando e não aparece ninguém, ou qualquer autoridade, para tomar uma providência. Em pouco tempo, estará em ruínas, assim como alguns prédios históricos da região do Porto das Barcas, como, por exemplo, o local onde funcionou a firma comercial Franklin Veras e Cia. Ltda., a fábrica Moraes S.A. (que fabricava e exportava o óleo Moraes extraído do coco babaçu, sabonete Glicerol, Cera de Carnaúba, etc.) e outros que, além das ruínas, ameaçam cair e causar acidentes graves.

        Após conversar com o autor da coluna "Burilando com", perguntei à Meta Inteligência Artificial quais consequências poderiam ocorrer após cortar com serra elétrica os galhos de uma planta centenária. A resposta veio em segundos: "Cortar uma planta centenária com serra elétrica pode ter consequências graves e irreversíveis. Aqui estão algumas possibilidades:

1. Morte da planta: A cortagem pode ser tão traumática que a planta não consiga se recuperar, levando à sua morte.

2. Destruição do tronco: A serra elétrica pode danificar ou destruir o tronco da planta, tornando impossível a sua recuperação.

3. Perda de valor histórico e cultural: Plantas centenárias muitas vezes têm valor histórico e cultural significativo. A destruição dessas plantas pode resultar na perda de patrimônio natural e cultural.

4. Impacto ambiental: A remoção de uma planta centenária pode afetar o ecossistema local, alterando o habitat de animais e insetos que dependem da planta para sobreviver.

5. Reações adversas da comunidade: A destruição de uma planta centenária pode gerar reações negativas da comunidade local, que pode se sentir prejudicada pela perda de um patrimônio natural e cultural." E ainda recomenda: "Antes de tomar qualquer ação, é importante considerar as consequências potenciais e buscar alternativas que preservem a planta e seu valor histórico e cultural.

        Humberto de Campos, como todos sabemos, apesar de maranhense, honrou e exaltou o nome de Parnaíba em suas crônicas. Como ressalta a acadêmica Amparo Coelho em seu livro "Humberto de Campos - Evocações de uma Vida", em um capítulo especial (página 128): "A cidade de Parnaíba merece um capítulo à parte na vida desse grande escritor, não apenas pelo fato de haver residido aqui, mas também considerando-se o amor que tantas vezes demonstrou nutrir por Parnaíba, da mesma forma e com a mesma intensidade que demonstrou amar sua terra natal...".

        Preservar o patrimônio histórico-cultural de uma cidade é manter viva a memória de nossos antepassados e mostrar para gerações futuras o quão importante foram aqueles que construíram esse patrimônio. É necessário preservar esse patrimônio, assim como tem feito o empresário, advogado e acadêmico Valdeci Cavalcante.

        Tenho certeza de que, se Valdeci Cavalcante, o "Mecenas da Parnaíba", fosse o administrador municipal, aquela parte do patrimônio cultural de Parnaíba que hoje encontra-se em ruínas estaria muito bem cuidada. É do conhecimento de todos as benfeitorias já realizadas em prédios históricos da nossa cidade graças ao empenho de Valdeci Cavalcante, que muitas vezes gasta seus próprios recursos financeiros.

        Cortar os galhos do Cajueiro de Humberto de Campos com serra elétrica, sem qualquer orientação técnica, pode trazer consequências desastrosas. Um verdadeiro crime."


Imagens dos galhos do cajueiro depois do corte com a serra elétrica

segunda-feira, 28 de julho de 2025

"Na Toca do Poeta" - Visitando Alcenor Candeira Filho


         Na manhã de quarta-feira, 24 de julho, o poeta, professor e advogado Alcenor Candeira Filho, uma das mais eloquentes expressões da literatura parnaibana, recebeu em sua residência a visita de quatro membros da Academia Parnaíba de Letras (APAL) para um bate-papo saudável e amigável.

        O ex-presidente da entidade, poeta e escritor Antônio de Pádua Ribeiro dos Santos, o poeta e juiz aposentado Elmar Carvalho, o secretário-geral Antônio Gallas e Claucio Ciarlini, tesoureiro da APAL, estiveram presentes.

        Na ocasião, em um documentário que está sendo exibido nas redes sociais e literárias de Parnaíba e do Piauí, os quatro visitantes fizeram depoimentos sobre Alcenor, falando da amizade, do respeito e da admiração ao poeta. Eles ressaltaram que Alcenor Candeira Filho  é considerado o maior literato parnaibano, pois seus conhecimentos não se restringem apenas à literatura parnaibana, mas também à literatura piauiense e brasileira.

        Ao final, o poeta, satisfeito com a visita, autografou e ofertou a cada um dos visitantes suas duas últimas obras: "O Crime da Praça da Graça" e "Metapoemas Comentados", ambos impressos pela Sieart Gráfica e Editora.

        Não restam dúvidas de que o professor Alcenor Candeira Filho  é um grande ícone da literatura parnaibana, sendo respeitado e admirado por todos que tiveram o prazer de ler suas obras.

        Além de ser membro da Academia Parnaíba de Letras, da qual foi secretário-geral durante os sete mandatos do presidente Lauro Correia, Alcenor Candeira também é membro da Academia Piauiense de Letras, onde ocupa a cadeira nº 19, que tem Antonio José de Sampaio como patrono.

A seguir  o vídeo com o depoimento dos quatro acadêmicos durante a visita ao imortal Alcenor Candeira Filho.