domingo, 9 de novembro de 2025

HOMENAGEM AO JORNALISTA BATISTA LEÃO

 


Foto e pesquisa fornecidos pelo ChatGPT

Batista Leão — A voz que moldou a imprensa e a cultura de Parnaíba

Texto adaptado por Antonio Gallas

        Esta homenagem (in memoriam) é um dever de minha parte, tendo em vista que Batista Leão foi uma das pessoas que muito me ajudou, quando da minha chegada a Parnaíba no ano de 1972. Deu-me oportunidade no rádio onde eu criei a "Crônica da Cidade” e no jornal, nomeando-me diretor-secretário do bissemanal “Folha do Litoral” do  qual ele era diretor-superintendente. 

        Bernardo Batista Leão, jornalista, radialista e homem público. Natural da cidade de São Bernardo no estado do Maranhão, chegou a Parnaíba ainda jovem. À essa época, Parnaíba já era um importante entreposto comercial e cultural do Norte do Piauí. Parnaíba foi o cenário onde Batista Leão descobriu sua vocação para o jornalismo.  Desde cedo, demonstrava interesse por política e por temas sociais, o que o aproximou das redações e, mais tarde, da vida pública.

        Nos anos 1950 e 1960, Bernardo Leão consolidou-se como uma das vozes mais ativas da imprensa local. Atuou como editor, redator e dirigente em diversos jornais — entre eles Folha do Litoral, Gazeta do Piauí e A Tribuna —, além de colaborar com outras publicações regionais, como Aljava.
Seu estilo era direto e comprometido com as causas populares. Nas páginas que dirigia, criticava a desigualdade entre o Nordeste e o restante do país, cobrando investimentos federais para o desenvolvimento da região. Em um de seus escritos jornalísticos  denunciava a falta de atenção ao Porto de Luís Correia e à infraestrutura do litoral piauiense — um tema que ainda ressoa,  décadas depois.

        Além da imprensa escrita, Leão também brilhou no rádio, um meio que aproximava ainda mais o jornalista de seu público. Foi coordenador-geral da Rádio Educadora de Parnaíba, onde redigia o “Rádio Repórter Educadora” levado ao ar de segunda a sábado ao meio dia,  e apresentado por locutores da época como Gilvan Barbosa, Reginaldo Mendes, Raimundo Reis,  além de  outros.  

        Batista Leão também foi um nome, na política, nas letras e na cultura parnaibana. Ele foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Parnaíba, exercendo mandatos marcados pela defesa da cultura e da comunicação pública.  Foi membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Parnaibana de Letras - APAL. Foi o primeiro titular da Secretaria Municipal de Cultura de Parnaíba, onde promoveu ações culturais e projetos de preservação da memória local — um passo pioneiro para a institucionalização da política cultural na cidade. Foi um grande orador.  Seu timbre inconfundível e sua postura crítica lhe renderam grande respeito entre ouvintes e colegas.

        Com seu falecimento novembro de 2004, Batista Leão deixou um vazio difícil de ser preenchido.         Sua memória, no entanto, continua viva!

        Em Parnaíba, uma rua no Bairro Frei Higino leva seu nome — Rua Jornalista Batista Leão — e sua trajetória é lembrada por entidades culturais como a Academia Parnaibana de Letras. Em 2017, ele foi homenageado (in memoriam) com o Diploma e a Medalha do Mérito Municipal, em reconhecimento à sua contribuição à cidade.

        Agora, em 2025, está sendo homenageado pela ASCOMPAR – Associação  dos comunicadores de Parnaíba nesta Semana da Imprensa prevista a acontecer conforme programação abaixo:


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