quinta-feira, 30 de outubro de 2025

ESTANTE DE LIVROS

A CULPA É DO PADRE E O VESTIDO DA CHIQUINHA

         Na amanhã desta quinta-feira,  30 de outubro, ao tentar dar uma arrumada em meus alfarrábios e tirar a poeira de alguns livros da minha humilde biblioteca, encontro o livro "Memória Insistente" de autoria do piracuruquense ,  Joaquim Ribeiro Magalhães, o qual me foi presenteado pela acadêmica Socorro Magalhães, cadeira 06 da Academia Piauiense de Letras - APL em uma visita que  fiz ao sodalício em novembro de 2018.


    Socorro é filha do autor,  o qual possuiu, além de outros irmãos, o ilustre político piauiense Francisco das Chagas Ribeiro Magalhães, de saudosa memória (com quem tive o prazer de privar de sua saudável  amizade à época em que eu escrevia a "Crônica da Cidade" lida no "Rádio Repórter Educadora" na emissora dirigida pelo jornalista Batista Leão), também de  saudosa memória. 

        Ao escrever o oferecimento e autografar o livro,  Socorro enfatiza  "histórias que meu pai gostava de contar." São contos, histórias curtas, sempre carregadas com um tom de humor, num português de fácil compreensão que prende o leitor do começo ao fim, nos quais, ou nas quais, Joaquim Magalhães relembra momentos inesquecíveis de sua infância e juventude, vividos na sua terra natal  — a abençoada   Piracuruca de Nossa Senhora do Carmo, ou ainda  a "terra dos irmãos Dantas", e também fatos da juventude vividos na "cidade verde" — Teresina.



        Logo que, cuidadosamente, retirei a poeira do livro,  abri-o aleatoriamente e este direcionou-me à página de nº 55 com o título de "A Culpa é do Padre" onde trata das antigas cafezeiras (vendedoras de café) do mercado público de Piracuruca, dentre elas dona Maria, metida a moralista que não gostava de ser chamada  pelo apelido de Vermelha. Ficava, como diz o autor, uma porca parida quando era apelidada. E foi assim que em um belo dia, um caboclo bêbado adentra em seu ponto de café que também era um restaurante e trava com ela o seguinte diálogo:

" — E aí dona Maria Vermelha, já tem boia pronta?

— Respeito é bom e eu gosto!

— Onde tá a falta de respeito dona Maria Vermelha?

     Dona Maria, mais vermelha do que nunca responde:

— Não fui batizada por Maria Vermelha.

— Ah, então a culpa é do padre, que só batiza pelo primeiro nome."

E o vestido da Chiquinha? 

Fica para a edição seguinte deste blog! 




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