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sábado, 11 de julho de 2015
CULTURA
CLÁSSICOS DA LITERATURA
A MORTE DE IVAN ILITCH
Quando do lançamento em Parnaíba do seu último livro denominado “Confissões de um Juiz”, o poeta Elmar Carvalho disse em seu discurso que iria aproveitar o tempo, agora livre das responsabilidades da magistratura, para ver os filmes que não pode vê-los antes, devido a dedicação ao seu trabalho e, acredito eu, também pela exaustão deixada pelos árduos dias de audiências e, certamente, às vezes, pelos trabalhos prolongados.
Aproveitando a fala do amigo e poeta, agora que também estou com tempo livre por conta de uma licença médica (hérnia de disco nas colunas dorsal, lombar e cervical) e, para preencher o tempo que não estou na sala de aula, resolvi ler (os que ainda não tinha lido) e reler alguns clássicos da literatura universal e brasileira, começando pelo livro escrito por Liev (ou Leon) Tolstói intitulado “A Morte de Ivan Ilitch” que foi publicado pela primeira vez em 1886.
O livro “A Morte de Ivan Ilitch” que marcou o retorno de Tolstói à literatura, é considerado por uma grande maioria de críticos como a novela mais perfeita da literatura mundial.
É impressionante como um livro escrito no século XIX, como essa novela de Tolstói, continua tão atual como se tivesse sido escrito hoje, dois séculos depois, tanto que as universidades estão recomendando aos alunos dos diversos cursos a leitura dessas obras, como foi o caso de um curso de extensão oferecido aos alunos do primeiro bloco de psicologia da Faculdade Mauricio de Nassau, em Parnaíba.
O mais impressionante ainda é que, dois séculos depois, com tecnologia avançada e tudo mais, o comportamento das pessoas continua sendo tal qual o dos personagens da novela de Tolstói, senão vejamos: quando foi anunciado que Ivan Ilitch havia falecido, seus colegas mais íntimos pensaram consigo: “quem morreu foi ele, não eu”... “deverei ocupar o cargo que ele ocupava”... Durante o velório um dos seus amigos e colega de profissão pouco estava ligando para as exéquias. O que ele queria mesmo era jogar cartas e não ficar sentado em uma cadeira prestando atenção a um defunto. Por outro lado, a viúva Praskóvia Fiódorova tinha em mente somente uma preocupação: quanto seria ela iria receber de pensão pela morte do marido, já que este ocupara um dos mais altos cargos na justiça da corte russa.
Como se pode observar o comportamento de algumas pessoas de 1800 até os anos 2000 não mudou em nada. A ganância, a inveja, e a ambição pelo poder continuam em evidência tal qual dois séculos atrás.
Mas voltando ao livro, as novelas na literatura são diferentes das adaptações feitas para as novelas na televisão. Na literatura tratam de um tema só. No caso do livro de Tolstoi o tema predominante é a morte, o sofrimento dele em seu leito de agonias. Mesmo sendo a morte o tema principal da novela, pode-se observar também, em algumas partes, muita crítica social, principalmente quando retrata o comportamento das pessoas da época, que como já mencionei, que não era diferente do comportamento de algumas pessoas nos dias de hoje. Talvez por essa razão o livro tenha sido recomendado para alunos do curso de psicologia, por estar inserido, a meu modo de ver, em um dos campos dessa ciência – o behaviorismo – que estuda o comportamento humano.
Fazer uma síntese do livro demandaria um espaço muito maior do que disponho numa coluna de jornal ou na página de um blog. Todavia, recomendo (para aqueles que ainda não o leram) a sua leitura, tendo em vista que com o passar dos tempos as traduções e o formato do livro foram sendo adaptados para tornar uma leitura mais agradável evidentemente, como da forma que li: em arquivo pdf baixado da web e em quadrinhos (HQ) que pode ser comprado pela internet ou nas bancas de jornais e revistas.
NOTA DO REDATOR DO BLOG
Como pode ser observado, fiz este comentário sobre a obra de Tolstói em julho de 2015. No próximo mês estará fazendo dez (10) anos. À época o livro tinha mais de duzentas páaginas, e no PDF , 185. Agora, por fazer parte do Clube Literatura ao Luar, temos que ler uum livro por mês (nem sempre é possivel), debater, dar opiniões sobre a obra lida, adquiri um novo exemplar do romance (novela) para ddebate tendo em vista ter sido sugerido pelo grupo.
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