domingo, 17 de fevereiro de 2019

SHORT STORIES


- mataram-me em Tutóia –

Imagem ilustrativa. Fonte: WEB


                Sexta-feira 15.02.201. Sete horas da manhã recebo um telefonema do Maranhão de um número que não estava na minha agenda.  Quando atendi, a voz do outro lado linha indagou:
- Alô, quem está falando?
Reconheci a voz como sendo da diretora da escola que trabalho em Tutóia e falei:  - aqui é o professor Gallas. Você é a professora Lourdes?
Ela respondeu que sim. Falamos sobre minha licença para tratamento de saúde e avisei-lhe que estava quase de saída para lá.
Coincidentemente esta viagem a Tutóia já estava programada, pois teria que ir com minha esposa Maria da Graça, a Cisa, resolvermos assuntos de ordem pessoal em repartições e bancos da cidade.
                Na noite anterior, 14.02.2019, quinta feira, chegou   em Tutóia uma notícia de que eu, Antonio Gallas, teria falecido aqui em Parnaíba.
                Ora, diante de tantas pessoas amigas que morreram nos últimos dias, a tal notícia entristeceu meus colegas e amigos. Até orações foram feitas em intenção a minha alma. Já fica como crédito pra quando eu morrer de verdade!
                Dia seguinte estava eu lá na minha bela cidade (bela há um certo tempo atrás, hoje feia, suja, mal zelada e acho que até desprezada pela administração pública atual) caminhando tranquilamente pelas ruas, sem saber de nada, quando de repente encontro-me com a Fabíola, secretária do Centro Educacional Casimiro de Abreu, escola na qual trabalho que abraçando-me e num esboço de surpresa e alegria disse-me:  - professor Gallas, que bom que o senhor está vivo! Vá lá na Marta  (Marta   é irmã da Fabíola e proprietária do Restaurante Lua Branca  praia da Barra)  e fale com ela pois ela soube que o senhor tinha morrido ontem e ficou muito triste.
                E assim procedi. Mas antes, no caminho, encontro-me com uma ex-aluna que ao ver-me veio correndo ao meu encontro e abraçando-me disse:  - professor, que bom que o senhor está vivo! Repliquei-lhe com a pergunta: - e por que não haveria de estar? – É que disseram que o senhor tinha morrido em Parnaíba.  – Foi fake news ,  é porque sou fei que dói, disse-lhe em tom de brincadeira. Vou viver muito e dar muito trabalho ainda!

                - Jeová seja louvado!, disse ela esboçando um sorriso de alegria!  Despedimo-nos e prossegui na minha jornada.
                Após saborearmos uma deliciosa camaroada (o camarão de Tutóia é considerado o melhor do mundo) no Bar e Restaurante “O Tito” localizado na orla marítima e ter dado um abraço na minha amiga Marta Gonçalves rumamos de volta a Parnaíba, chegando aqui por volta das 17 horas e 30 minutos.
                E assim mataram-me em Tutóia na quinta-feira 14 de fevereiro de 2019, mas eu estou aqui, vivinho da silva e dizem que quando isso acontece a pessoa vai viver ainda por muitos anos. Assim eu espero!

 NOTA DO AUTOR: 

SHORT STORIES (Histórias Curtas) um novo marcador que crio para o blog.  Surgiu de uma sugestão do acadêmico Pádua Marques para escrevermos pequenas passagens de nossas vidas, quando da época estudantil, no grupo de whatsapp da APAL - Academia Parnaibana de Letras. Aproveitei a ideia do confrade para escrever também sobre fatos da vida real, assim como existe na revista Seleções do Reader's Digest uma coluna denominada Flagrantes da Vida Real. Pretendo reuni-los em um livro a ser lançado ainda neste primeiro semestre.
Outros acadêmicos também estão escrevendo, dentre elkes, Wilton Porto, Altevir Esteves, Dilma Ponte etc...

3 comentários:

  1. Que bom que está vivo, Deus te ilumine e abençoe por longos anos.

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  2. Gente, que história o que fake causa. Mas graças a Deus que o professor gallas está vivinho da Silva.

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  3. Graças a Deus que era fake news,professor!!!!Amei essa ideia dos pequenos textos!!! São bem engraçados!

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