PANELA(DA) ANGELOCAL
Certo dia, boca da noite, a lua
brilhava iluminando o caminho e deixando à vista o rastro das pegadas do nosso
“colégua” ANGIM. Pronde ele havia ido?
Para um encontro in loviano? Sim senhores, curiosos leitores.
Nosso artista seguia ao encontro
amoroso e laborioso, marcado no dia anterior. Só que antes fez todos os
preparativos, ou seja, tomou um big banho onde procurou perfumar seus
possuídos, entretantos e finalmentes, com seu cheiroso Avon. Lascou uma roupa
nova sobre o esqueleto e após pentear sua vasta cabeleira, disse pra sua
digníssima: vou assistir a uma palestra de relações humanas lá na Sebraia. Partiu
rapidim.
Só que ele não sabia do mais
interessante e que nos motiva a contar esta ocorrência fatídica. É que sua
digna, cônjuge, estava sabendo do “encontro laborativo”. Tudo resultado de uma
fofoca armada e arrumada pela “menininha nova” que ia para a ocorrência
completar o “par de dois” afrodisíacos jovens tesudos. Pois é, a encontrista
querendo armar um escândalo no bairro São José, fez os dados de o encontro
chegar aos ouvidos da esposa que ia ser traída. Ela, contraída de cólera
afetiva, resolveu acreditar na fofoca e seguiu as pegadas do convencido
traidor.
ANGIM seguia in front of di,
atordoado e convencido nem notou a perseguição. Lá chegando não contou conversa
e foi logo abraçando a morena desejada. Beijos e cheiros completavam o cardápio
do abraço apertado. Mão na mão, mão naquilo e aquilo na mão, atordoava o juízo
do casal, ao ponto de revirar os seus orubuservantes e nada mais perceberem ao
redor. Não ouviam mais qualquer ruído a não ser o baticum de seus corações,
acelerados que estavam a palpitar de tanto êxtase. Só que na “quinthura” do
“chafurdo” aparece a “dona do pedaço ereto”, que silenciosa e retraída, soca
três porções de panela (das) da cuca do conquistador barato (tão barato que nem
grana tinha pra levar a menininha para o motel, levou então para a moité).
PLÉÉÉMMM, PLLÉÉÉMMMM,
PLÉÉMMMMMMMMMM. Ai, ai, ai e ui, gritou ANGIM. A “menina motivacional” fica extasiada,
mas abera na carreira. ANGIM tenta argumentar e solta um bocado de nhem, nhem,
nhem Mas não consegue convencer a traída que, PLLLÉÉÉ´MMMMM, sarta mais uma
panela(da). O nhem, nhem, nhem comendo e o pléémmm, pléémmm, pléémmm também, e,
como ambas as partes não se entendiam, mesmo porque não havia explicação,
afinal o feitor foi pego com a mão na massa, o negócio foi meter o pé na bunda
e partir para os 1000
metros rasos sem barreira. ANGIM foi se esconder na casa
do papaizinho de açúcar. Ao chegar, ofegante, não quis explicar o porquê de
tantos e quantos galos.
A marida traída não conseguiu
acompanhar o ritmo do fundista, afinal carregava a pesada panela de pressão,
então se dirigiu para seu “lar doce lar” (doce lar?). Ao chegar trancou-se em sua
suíte e......................( não nos interessa).
No outro dia à noite o
arrependido traidor, triste e comovido, voltou para o seu doce lar. Lá chegando
pôde observar que ia dormir no sofá. Aconchegando-se em seu desconfortável
dormidor, o sofrido traidor, arrependido dos amassas, passou sua mão calejada
nos galos chocos resultantes de ruidosas
e temperadas panela(das).
Como resultado do apetitoso, mas
frustrado “banquete”, o namorador ficou uma semana de jejum, quando aprendeu
que “MARIDO FERROLHÃO NÃO PASSA PRIVAÇÃO”.
Parnaíba, 20 de janeiro de 1985.
Xikin Karwalho




Nenhum comentário:
Postar um comentário