domingo, 24 de julho de 2016

ARTIGO DA SEMANA

Essa mania de só querer ser aquilo que não presta



Por: Pádua Marques(*)
Desde que me entendo por gente aqui no Brasil tenho observado alguns comportamentos estranhos de sua gente. Eu nem vou me alongar nas explicações pra não ter que deixar ninguém cochilando ou com a mão no queixo, mas vou me deter em apenas uma dessas manias nacionais dos brasileiros, principalmente desses nascidos e criados em cidade grande feito o Rio de Janeiro e São Paulo.
Eu observei que estes brasileiros adoram ficar na frente da televisão com o controle remoto entre as pernas e quando muito, pra assistir ao que eles chamam de Jornal Nacional. Jantam qualquer coisa e ali mesmo se esticam no sofá. Parecem uns bichos. Coisa de comer e dormir. Depois não querem ficar pançudos e correndo atrás de academias pra tirar as banhas. E nessa de assistir tudo que é tipo de notícia ruim e vulgar, essas de crimes urbanos, emprenham pelos ouvidos.
Mas eu observei que já muito se comenta que nestas Olimpíadas do Rio e que serão iniciadas dentro de mais alguns dias, que grupos terroristas estão armados até os fundos das calças pra atacarem instalações, atletas e autoridades convidadas. E que um esquema de segurança daqueles de primeiro mundo está sendo montado pra não deixar passar nem mosquito ensebado nos aeroportos.
Por sinal falando em aeroporto, eu tenho uma irmã que acaba de embarcar pra São Paulo. E até estava pensando em levar pros nossos outros irmãos de lá uma puba fresca, umas rapaduras e umas petas, dessas feitas com banha de porco e que derretem na boca. Mas devido ao risco de ser até presa suspeita de estarmos traficando drogas nós acabamos desistindo dos presentes.
Mas falando sobre essa mania de brasileiros quererem ser importantes aos olhos do mundo eu acredito que tem muita gente, ladrões de aparelhos celulares e assaltantes de postos de gasolina querendo se passar por terroristas do Estado Islâmico. Tudo pra chamar a atenção de todo mundo e garantir espaço na mídia internacional. E a gente deve ficar com as butucas de olhos bem abertas pra esse pessoal do partido da presidente Dilma, essa turma da infantaria do PT, acostumada a quebra-quebra.
A pretexto de defender sua volta ao Palácio do Planalto essa militância pode se colocar numa condição de confronto com a sociedade nessas olimpíadas. E muita gente dessa infantaria pode querer se passar por algum muçulmano, gente da Al Qaeda ou do Estado Islâmico pra intimidar a segurança e criar um estado de pânico.
Tem muito ladrão de banco, assaltante a mão armada, batedor de carteira e de celular que está se armando de tudo em quanto é artefato pra na hora dos jogos, quando todo mundo estiver na frente da televisão e com a boca cheia de comida, sair por aí estourando caixa eletrônico, queimando ônibus ou coletor de lixo ou depredando lojas e supermercados. Pra depois sair dizendo que está lutando pela volta da democracia ou defendendo essa ou aquela minoria.
Eu nunca me esqueço desse governo que passou. Fez e aconteceu. Pintou e bordou. Criou vícios pra todos os tipos de delinquentes. Quis ser aquilo que nunca deu certo em lugar algum do mundo e acabou se dando mal. Que ninguém se esqueça de que agora é a hora de juntar os cacos do pote que caiu e derramou a água. O pote até que pode se dar um jeito comprando outro. Já a água derramada não dá pra juntar. Vamos acabar com essa mania miserável de só querer ser aquilo que não presta.

(*)Pádua Marques é jornalista e escritor

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