Imagens dos galhos do cajueiro antes do corte com serra elétrica
Antonio Gallas
Na manhã de sábado, dia
23, ao trafegar pela Rua Coronel. José Narciso, onde está localizado o Cajueiro
de Humberto de Campos, observei que alguns dos seus galhos (os que pendiam para
a rua, ultrapassando a grade de proteção que lá existe) haviam sido cortados
com serra elétrica.
Mais tarde, ainda no
mesmo dia, encontrei o poeta e colaborador deste jornal, Alberto Furtado, na
Praça da Graça, próximo à Banca do Louro, que comentou sobre o acontecido e
expressou um pouco de revolta com a forma como foram cortados os galhos do
cajueiro, afirmando que a parte cortada não floresceria mais.
Na opinião de Alberto,
a cultura e o patrimônio histórico parnaibano não são preservados por quem de
direito. A casa onde morou Humberto de Campos é uma prova disso, pois está se
deteriorando e não aparece ninguém, ou qualquer autoridade, para tomar uma
providência. Em pouco tempo, estará em ruínas, assim como alguns prédios
históricos da região do Porto das Barcas, como, por exemplo, o local onde
funcionou a firma comercial Franklin Veras e Cia. Ltda., a fábrica Moraes S.A.
(que fabricava e exportava o óleo Moraes extraído do coco babaçu, sabonete
Glicerol, Cera de Carnaúba, etc.) e outros que, além das ruínas, ameaçam cair e
causar acidentes graves.
Após conversar com o autor da coluna "Burilando com", perguntei à Meta Inteligência Artificial quais consequências poderiam ocorrer após cortar com serra elétrica os galhos de uma planta centenária. A resposta veio em segundos: "Cortar uma planta centenária com serra elétrica pode ter consequências graves e irreversíveis. Aqui estão algumas possibilidades:
1. Morte da planta: A cortagem pode ser tão traumática que a planta não consiga se recuperar, levando à sua morte.
2. Destruição do tronco: A serra elétrica pode danificar ou destruir o tronco da planta, tornando impossível a sua recuperação.
3. Perda de valor histórico e cultural: Plantas centenárias muitas vezes têm valor histórico e cultural significativo. A destruição dessas plantas pode resultar na perda de patrimônio natural e cultural.
4. Impacto ambiental: A remoção de uma planta centenária pode afetar o ecossistema local, alterando o habitat de animais e insetos que dependem da planta para sobreviver.
5. Reações adversas da comunidade: A destruição de uma planta centenária pode gerar reações negativas da comunidade local, que pode se sentir prejudicada pela perda de um patrimônio natural e cultural." E ainda recomenda: "Antes de tomar qualquer ação, é importante considerar as consequências potenciais e buscar alternativas que preservem a planta e seu valor histórico e cultural.
Humberto de Campos,
como todos sabemos, apesar de maranhense, honrou e exaltou o nome de Parnaíba
em suas crônicas. Como ressalta a acadêmica Amparo Coelho em seu livro
"Humberto de Campos - Evocações de uma Vida", em um capítulo especial
(página 128): "A cidade de Parnaíba merece um capítulo à parte na vida
desse grande escritor, não apenas pelo fato de haver residido aqui, mas também
considerando-se o amor que tantas vezes demonstrou nutrir por Parnaíba, da
mesma forma e com a mesma intensidade que demonstrou amar sua terra
natal...".
Preservar o patrimônio
histórico-cultural de uma cidade é manter viva a memória de nossos antepassados
e mostrar para gerações futuras o quão importante foram aqueles que construíram
esse patrimônio. É necessário preservar esse patrimônio, assim como tem feito o
empresário, advogado e acadêmico Valdeci Cavalcante.
Tenho certeza de que,
se Valdeci Cavalcante, o "Mecenas da Parnaíba", fosse o
administrador municipal, aquela parte do patrimônio cultural de Parnaíba que
hoje encontra-se em ruínas estaria muito bem cuidada. É do conhecimento de
todos as benfeitorias já realizadas em prédios históricos da nossa cidade
graças ao empenho de Valdeci Cavalcante, que muitas vezes gasta seus próprios
recursos financeiros.
Cortar os galhos do
Cajueiro de Humberto de Campos com serra elétrica, sem qualquer orientação
técnica, pode trazer consequências desastrosas. Um verdadeiro crime."
Imagens dos galhos do cajueiro depois do corte com a serra elétrica
E o Grupo da Maçonaria? Em vez de ocuparem lugares na casa de Simplicio Dias, deveriam providenciar a preservação da casa de Humberto de Campos que está se deteriorando rapidamente. Vergonha aos membros da cultura parnaibana...
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