sábado, 14 de junho de 2025

ARTIGO DE WALBERT PESSOA

 As Sete Lágrimas do Professor: Reflexão sobre os Desafios da Educação

 


       Em um canto silencioso do pátio da escola, um professor, marcado pelo tempo e pelas experiências, chora. Não são lágrimas comuns — são sete gotas de uma dor profunda, que revelam o que muitos educadores sentem, mas raramente expressam.

 

       Cada lágrima simboliza uma realidade que cerca o ambiente escolar e que, por vezes, corrói a essência do verdadeiro fazer pedagógico. A primeira lágrima nasce da indiferença, daqueles colegas que pouco valorizam a história, as regras e o crescimento pessoal, chegando à escola como se fosse um mero lugar de distração. Essa falta de apreço compromete não só a qualidade do ensino, mas também a construção de um ambiente saudável e produtivo.

 

       A segunda lágrima é a da incerteza, dos que esperam por milagres sem reconhecer seus próprios méritos. Muitos educadores permanecem presos ao desejo de que mudanças externas solucionem problemas internos, esquecendo que a transformação começa com o esforço e a crença em si mesmo.

 

       A terceira lágrima chora por aqueles que, em vez de construírem, semeiam discórdia, contaminando o espaço coletivo com conflitos desnecessários. Já a quarta aponta para os calculistas, que buscam tirar proveito das forças institucionais, ignorando o valor da união.

 

       A quinta lágrima é dedicada aos que usam o sorriso como máscara, acreditando na instituição somente enquanto ela lhes for útil, o que fragiliza a confiança e a coesão do grupo. A sexta, brota da superficialidade de quem busca refúgio na instituição, mas com intenções alheias ao verdadeiro propósito do ensino.

 

       Por fim, a sétima lágrima é a mais profunda e fluida — aquela do verdadeiro profissional, que carrega consigo o compromisso e a dedicação ao que significa ser professor. Essas lágrimas são um lembrete pungente de que, apesar das dificuldades e das pessoas que desviam do propósito, existem educadores que perseveram, protegendo e nutrindo não só o saber, mas a alma dos seus alunos.

 

       Este relato, adaptado de Walbert Pessoa, é um convite à reflexão sobre o papel dos educadores e os desafios que enfrentam. É um chamado para que valorizemos a educação de forma integral, reconhecendo não apenas o conhecimento, mas a sensibilidade e a humanidade que a profissão exige.

 

       Que essas lágrimas sirvam para inspirar união, respeito e renovação no ambiente escolar, pois é nele que se constrói o futuro de toda a sociedade.

 

Adaptado por Walbert Pessoa do original de Ricardo Polo, diretor da Revista Internacional Maçônica “Hiram Abiff” – Argentina.

 

 

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