As Sete Lágrimas do Professor: Reflexão sobre os Desafios da Educação
Em um canto silencioso do pátio da
escola, um professor, marcado pelo tempo e pelas experiências, chora. Não são
lágrimas comuns — são sete gotas de uma dor profunda, que revelam o que muitos
educadores sentem, mas raramente expressam.
Cada lágrima simboliza uma realidade que
cerca o ambiente escolar e que, por vezes, corrói a essência do verdadeiro
fazer pedagógico. A primeira lágrima nasce da indiferença, daqueles colegas que
pouco valorizam a história, as regras e o crescimento pessoal, chegando à
escola como se fosse um mero lugar de distração. Essa falta de apreço
compromete não só a qualidade do ensino, mas também a construção de um ambiente
saudável e produtivo.
A segunda lágrima é a da incerteza, dos
que esperam por milagres sem reconhecer seus próprios méritos. Muitos
educadores permanecem presos ao desejo de que mudanças externas solucionem
problemas internos, esquecendo que a transformação começa com o esforço e a
crença em si mesmo.
A terceira lágrima chora por aqueles
que, em vez de construírem, semeiam discórdia, contaminando o espaço coletivo
com conflitos desnecessários. Já a quarta aponta para os calculistas, que
buscam tirar proveito das forças institucionais, ignorando o valor da união.
A quinta lágrima é dedicada aos que usam
o sorriso como máscara, acreditando na instituição somente enquanto ela lhes
for útil, o que fragiliza a confiança e a coesão do grupo. A sexta, brota da superficialidade
de quem busca refúgio na instituição, mas com intenções alheias ao verdadeiro
propósito do ensino.
Por fim, a sétima lágrima é a mais
profunda e fluida — aquela do verdadeiro profissional, que carrega consigo o
compromisso e a dedicação ao que significa ser professor. Essas lágrimas são um
lembrete pungente de que, apesar das dificuldades e das pessoas que desviam do
propósito, existem educadores que perseveram, protegendo e nutrindo não só o
saber, mas a alma dos seus alunos.
Este
relato, adaptado de Walbert Pessoa, é um convite à reflexão sobre o papel dos
educadores e os desafios que enfrentam. É um chamado para que valorizemos a
educação de forma integral, reconhecendo não apenas o conhecimento, mas a
sensibilidade e a humanidade que a profissão exige.
Que essas lágrimas sirvam para inspirar
união, respeito e renovação no ambiente escolar, pois é nele que se constrói o
futuro de toda a sociedade.
Adaptado
por Walbert Pessoa do original de Ricardo Polo, diretor da Revista
Internacional Maçônica “Hiram Abiff” – Argentina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário