sábado, 18 de fevereiro de 2023

CARNAVAL 2023

 VIVA AS MÚSICAS DE ANTIGAMENTE MINHA GENTE!


Carnaval de 2018 - Praça do Amor - Parnaíba -PI

            Neste sábado,  18 de fevereiro de 2023, dois anos após a pandemia do Corona Vírus que impediu a realização das festas carnavalescas em todo o país, pensei em sair, espairecer,  e aproveitar as delícias deste período momesco que agora liberado, começa oficialmente hoje, sábado de carnaval.
    Como de costume, levanto-me cedo da manhã, faço minhas orações em agradecimento por mais um dia de vida e, através do programa "Manhã de Luz" de responsabilidade do Pe. Alex Nogueira transmitido diariamente pela Rádio Educadora de Jacarezinho,  no Paraná, envio o áudio para mais de 500 pessoas que retransmitem para outro tanto,  e assim,  a "palavra de Deus" se propaga pelo mundo,  através da tecnologia do WhatsApp. 
        Ao abrir a porta de acesso ao jardim  de minha residência para ver os beija-flores deliciando-se com  o néctar  das plantas que cultivamos, como também ouvir o canto dos bem-te-vis  nas poucas árvores do quintal, suspendo a vista ao céu e observo nuvens carregadas, escondendo sol, não como as citadas no poema "Caridade e Justiça" de Guerra Junqueira, mas que,  pela  experiência adquirida na minha infância com os descendentes de escravos no quilombo Itaperinha ou Taperinha, presumi que a tarde e a noite seriam chuvosas -  como de fato está sendo, e que poderia atrapalhar minha intenção de fantasiar-me e desfilar no "Bloco do Eu Sozinho" ou no "Bloco Rola Cansada", para o qual fui convidado.


            Nesse momento lembro-me da marchinha "Guarda Chuva de Pobre É Cachaça"  composição de Raul Sampaio, Rubens Silva e Chico Anísio  que muito sucesso fez nos carnavais da minha juventude:
"oi deixa chover/oi deixa molhar/ que no molhado é melhor de se lavar/
o guarda chuva, eu acho graça/ guarda chuva de pobre é cachaça..."
            Mas aí veio-me uma dúvida... Será que posso cantar essa marchinha? Não terá ela entrado na lista das músicas proibidas? De repente saio cantando por aí, chega a polícia, a mando dos AA  para efetuar  minha prisão. 
           Lembrei-me então do "ei você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí..."
           Refleti que poderia ser preso,  acusado por  assalto à mão armada.  Meu Deus! — exclamei eu. Que música vou cantar? Ah já sei: "negra do cabelo duro, qual é o pente que te penteia/ qual é o pente que te penteia..." Não, não não! É discriminação racial. Tá danado! Se eu cantar "Maria Sapatão/Sapatão/Sapatão ou "Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é..." Vão dizer que é homofobia.
Armaria! Arre égua, o que fazer então?

 

        E prá completar,  recebo ainda nesta tarde de sábado de carnaval,  um vídeo dando explicações porque o jogo de xadrez  uma  das melhores atividades para   desenvolver o cérebro humano, será proibido doravante:



            Diante de tudo isso tomei uma decisão: vou passar o carnaval em casa, ouvindo essas música que já fazem parte da minha playlist e acompanhando os desfiles dos blocos e das escolas de sambas pelos canais de televisão e ainda para complementar, saboreando a deliciosa cerveja  B ERRE  Ó BRÓ, genuinamente piauiense feita da fruta que produz a mais famosa cajuína do Brasil - CAJÚ com tira-gosto de camarão vindo da Tutóia, minha terra natal.  








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