segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

MOMENTOS INESQUECÍVEIS

 POSSE DE DIEGO MENDES NA APAL

     

        Um ano atrás, exatamente na data de 24 de janeiro de 2020, tomou posse na Academia Parnaibana de Letras - APAL o poeta Diego Mendes  Sousa, uma das inteligências jovens mais influentes e participativas da literatura piauiense. 
                Sobre sua posse, o próprio Diego assim escreveu:
"24 de janeiro -  Data comemorativa da minha posse na Academia Parnaibana de Letras, na Cadeira de n.11! 
Roberto Cajubá - discurso de recepção ao neo-acadêmico

Recepção de Roberto Cajubá.  
        Oração em homenagem ao Ministro João Paulo dos Reis Velloso e ao Patrono Thomaz Catunda, poeta e professor. 

Diego Mendes em seu discurso de posse

        Sou o benjamim da Academia. Noite histórica, de erudição e de cultura literária na Parnaíba, minha casa natal.  
        Com auditório lotado, contei com a presença de pessoas que muito admiro e aprecio, dentre elas, Miriam Castelo Branco, Eneas Barros, Beetholven Cunha, Jorge Barbosa Filho, Sólima Genuína, Maria Christina de Moraes Souza Oliveira, Cajubá Neto, Celso Barros Coelho Neto, Rossana Silva, Francisco Carlos Pontes, Pádua Marques, Antonio Gallas, José Luiz de Carvalho, Daltro Paiva, Claucio Ciarlini, Francisco de Assis Moraes Souza (Mão Santa), Walter Lessa, Venilcia Veras, Fernanda Amaral, Jose Filho, Sergio de Souza Nunes, Socorro Brasiliense, Wilton Porto, Marli Miranda, Marçal Alves Paixão, Arlindo Leão, Rita e João Paulino Teles, Jailson Júnior, Jairo Leocádio, Júlio Gaspar, Maria José Ferreira Sousa, Morgana Sales, Marcelo Morais, Alexandra Moraes Souza, Altair Marinho, Anecy Meneses, Teresa Souza Nunes, Albert Piauhy, Ednólia Fontenele, Fernanda Marinho, Fátima Souza, Dilma Ponte de Brito, Breno Ponte de Brito, Ediane Sousa, Valdinar Santos, Robson Aragão, Marcello Silva, Vanda Santana, Adalgisa Moraes Souza, Teresinha Silva, Maria De Lourdes Amorim Veras, Aurélio Lobão, que engradeceram e prestigiaram o meu memorável momento de estreia em um sodalício de letras. 



        Mensagens do cerimonial com palavras evocativas de Nélida Piñon (da Academia Brasileira de Letras), Roberto Victor Pereira Ribeiro (da Academia Brasileira de Direito), Deputado Federal Paes Landim, Lígia Ferraz e Renato Bacellar. 

        Apresentação musical, ao piano e violino, do Maestro Beetholven Cunha. 

Maestro Beetholven abrilhantou essa maravilhosa noite 

        Lauto coquetel de Barbara Buffet. 

Diego Mendes Sousa"

            Sobre este fato histórico registrou o poeta Jorge Barbosa Filho, em 25 de janeiro de 2020:

    "Ontem, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Parnaíba - PI, tive o prazer e a honra de assistir a posse do poeta Diego Mendes Sousa para APAL (Academia Parnaibana de Letras), que com certeza dará novo ânimo a esta Instituição, no que se refere a reflexão e fazer poético, além do dinamismo e juventude (pois conta com apenas 30 anos de idade) nas atividades desta. Sua espantosa criatividade, memória, poder de oratória pública e poética, proporcionaram o melhor momento do Evento. Abrindo seu discurso com citações clássicas e contemporâneas, foi enumerando a história cultural e da poesia parnaibana num fluxo oratório genial, maravilhoso, memorável e magnético, que com certeza entrará para a história da Academia Parnaibana de Letras. 
Tenho lido dois de seus livros ("Fanais dos Verdes Luzeiros" e " Velas Náufragas" - Editora Penalux), neste momento, e estou encantado com o poder de absorção das imagens, hábitos, fatos e climas culturais da região: um caju com caranguejo em doses letais para a imaginação de qualquer mortal. Um poeta que com certeza, com sua poesia, fará Parnaíba ser localizada no mapa da Literatura Planetária. Evoé... vida longa a este magnífico poeta! 
Quem me conhece sabe que eu demoro muito a elogiar as aparições artísticas... 
Diego Mendes Sousa é, com certeza, um dos melhores acontecimentos da poesia contemporânea brasileira!".

CONHECENDO DO DIEGO

Biografia escrita por ele próprio:

        "Estudei na Unidade Escolar Alcenor Candeira - Cobrão a minha vida inteira, do maternal ao pré-vestibular, entre os anos de 1992 a 2007, com uma sólida formação educacional e pedagógica planejada e desenvolvida pelo Mestre de muitos parnaibanos, professor João Ernesto Araripe. 

        Minha avó Maria José Ferreira Sousa foi uma das primeiras professoras dessa escola. Ministrava português e matemática, lá pelos anos de 1970 e os seus acréscimos, se a memória não estiver a pregar-me uma peça de desmemória. 


           Esta fotografia foi retirada de um dia festivo em minha escola, crendo ser o registro de 1996 ou de 1997. 

        Sempre fui um menino introspectivo e altivo, proveniente da infância e dos seus mistérios. Do íntimo útero. 

        Este rosto sério certamente era a minha maneira de ser feliz. 

        Guardo na lembrança os desfiles cívicos promovidos pelo Cobrão, quando ganhava meias novas e branquinhas.
 
        O tempo passa e a gente acaba sendo escravo e senhor de um instante remoto.  

        Lá fui alfabetizado. Eram minhas professoras, Carmem Prado e Edileusa. 

        O meu silêncio habitual me fez reprovar ainda na alfabetização. Devo isso também a minha avó, graças a Deus! 

        Repetir às vezes resolve uma vida. Fui salvo e preparado para a sangria da existência. 

        Aprendi as letras e o poeta desandou, de uma alma arranhada a uma febre criativa. 

"Menino triste que sorri chorando...

Alma sedenta de amor...

Contando os dias...

Passando as horas...

Sempre em busca de um olhar amigo...

O que te falta... O que te falta?

O que te falta está no sonho, 
a esquentar teu corpo..."

        Ganhei este poema da minha tia Elda Ferreira Noronha (1928-2017). Escreveu para mim, quando eu era pequenino.

        Sei o poema de cor, desde os meus oito anos de idade, quando já lia Casimiro de Abreu e a amada tia e poetisa declamava para mim. 

        Tia Elda sempre foi uma mulher sensível e prática. Era proprietária de uma fábrica de velas na Rua de Santana, no centro histórico de São Luís do Maranhão.

        Adorava passar as minhas férias escolares na casa de tia Elda. 

        Ela apreciava poesia. Em frente ao seu estabelecimento comercial havia uma excelente livraria religiosa, onde me abastecia da vida dos santos e dos livros de alguns poetas de primeira sede, como Goethe e Dora Ferreira da Silva.

        Tia Elda era uma mulher de vanguarda, envolvida politicamente com o seu tempo. Amiga pessoal da médica e revolucionária Maria Aragão, hoje nome de praça na Ilha do Amor. 

        Titia foi casada com Antônio Noronha, um homem bem mais velho do que ela. Morreu cedo o meu tio Antônio, não o conheci. 

        Antes de Antônio Noronha contrair núpcias com tia Elda, ele teve um enlace amoroso e fecundo com Olga Sena, irmã do jornalista e escritor Clóvis Sena.

        Fisicamente, tia Elda era idêntica ao poeta Ferreira Gullar, seu primo legítimo. 

        Eu ficava horas fitando os gestos dela, pois a impressionante semelhança com o grande poeta do Brasil e Imortal da Academia Brasileira de Letras, me causava um enorme fascínio. 

        Mas toda essa digressão, é para dizer da minha tristeza nata e do meu olhar distante, muito bem exaltados nos versos da querida tia. 

        Meus sonhos, minha epifania, a minha alma. 

Diego Mendes Sousa"

Outras fotos do evento:







Fotos do álbum de Diego Mendes Sousa 

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