sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

SOLENIDADE DE INSTALAÇÃO DA ACADEMIA MAGALHENSE DE LETRAS

 Na sexta-feira, 6 de dezembro,  eu, o jornalista José Luiz de Carvalho, e escritor e poeta Benedito Lima deslocamo-nos de Parnaíba, após o meio dia, e   fomos até a cidade de Magalhães de Almeida, na microrregião conhecida como Baixo Parnaíba,  no interior do Maranhão.
O objetivo de nossa viagem àquela aprazível  cidade do "interland" maranhense foi atender ao honroso convite que nos foi feito pelo professor Gilberto Wagner Bezerra Gomes, para representarmos a Academia Parnaibana de Letras - APAL na solenidade  de instalação e posse dos membros fundadores da Academia Magalhense de Letras.
O José Luiz de Carvalho na qualidade de Presidente da APAL, eu como secretário-geral e o Benedito Lima na qualidade de membro fundador da referida Academia.
Após a execução do Hino Nacional e do Hino de Magalhães de Almeida, pela banda da  Congregação da Assembleia de Deus daquela cidade,  iniciou-se a solenidade propriamente dita,  com a composição da mesa por autoridades e convidados, conduzida pelo escritor e historiador João Francisco Batalha que é o presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão, o qual,  na oportunidade,  nomeou o professor Gilberto Wagner como presidente da recém-criada  Academia. Gilberto Wagner foi o seu idealizador.




A ALMAG - Academia Magalhense de Letras , fundada em 28 de outubro do corrente ano e instalada nesta data de 06 de dezembro. Conta inicialmente com vinte (20) sócios fundadores, entretanto, por motivos superiores não foi possível a posse de todos nessa  solenidade.  A sua primeira diretoria com mandato para um período de dois (02) anos  está assim constituída:
Presidente - Gilberto Wagner Bezerra Gomes
Vice-Presidente – Marilene Sousa Lima e Araújo
1ª Secretária – Maria de Jesus Vilar Santos
2ª Secretária – José Orlando Costa
1º Tesoureiro – Michel Candeira Ramos
2º Tesoureiro – Benedito Saturnino de Vasconcelos
Diretor Cultural / Relações Públicas – Raimundo Olinda dos Santos Filho
Diretor de Arte e Cultura – Milton Carvalho de Oliveira

CONSELHO FISCAL

Efetivos:
Antonio de Sousa Portela
José Ailton Silva Costa
Francisco das Chagas Lima e Silva

Suplentes
Rosiane Araújo Costa Carvalho
Benedito Lima e Silva Filho
Paulo Gomes Neto

Também esteve prestigiando ao ato de instalação da ALMAG, o presidente da Academia de Letras da cidade de Brejo, dr. Roque Macatrão.  Além de Roque Macatrão,  o prefeito de Magalhães de Almeida, dr. Tadeu de Jesus e sua esposa, o jurista Paulo Gomes Neto que reside no Rio de Janeiro e veio especialmente para tomar posse na cadeira de número 20, representantes do Poder Legislativo Municipal, o poeta e escritor Afonso Gomes que reside em Brasília -DF (também veio especialmente para esta solenidade), pessoas da sociedade magalhense e familiares dos patronos.  

Roque Macatrão  presidente da Academia de Letras de Brejo - MA
Crédito foto: Portal Rio Parnaíba
Prefeito Tadeu de Jesus e a Primeira Dama Keliane Macedo /Crédito foto: Portal Rio Parnaíba
A solenidade tem prosseguimento com a aposição dos mantos, medalhas e colares acadêmicos, e com  os discursos dos  acadêmicos empossados,  e também,  de acadêmicos convidados e autoridades locais. Tudo isso  harmoniosamente  conduzido  por Francisco Batalha. 
João Francisco Batalha membro da   Academia Vitoriense-Arariense de Letras e presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão / Crédito foto: Portal Rio Parnaíba



O presidente da Academia Paraibana de Letras, José Luiz de Carvalho, ao usar da palavra  destacou a importância da criação daquela casa literária pela possibilidade de resgate da história  contada pelos seus membros e também pelo fortalecimento da criação literária nas suas várias modalidades, como a  poesia e o romance,  haja vista congregar as pessoas mais preparadas e cultas do  município. 
Já o neo-acadêmico e agora imortal Benedito Lima e Silva Filho  assim se expressou:
 "Queridos conterrâneos, demais membros da mesa, boa noite!
 Alicerçado no meus cabelos brancos e no cansaço estampado nas faces de cada um, quebrarei o protocolo da posse da academia e não falarei de meu patrono,  e muito menos de mim. Falarei em rápidas palavras sobre o sentimento de frustração que me trouxe até aqui. Pois bem: Meu pai Benedito Florindo, filho de uma família pobre de Magalhães,  estudou somente até a quarta série primária  e não teve como continuar os estudos uma vez que Magalhães naquela época não tinha o " ginásio" e seus pais não tinham como mandá-lo estudar fora. Aquilo  o frustou bastante e transformou sua vida. Passou, ainda menino, a trabalhar desenfreadamente e a   economizar cada tostão que ganhava,. Não gastava com supérfluos; todas as suas economias eram direcionadas para a educação dos filhos e hoje aqui na presente seção de posse dos acadêmicos da Academia Magalhense de Letras vemos o resultado de sua frustração materializada nas cadeiras números 01 e 18 ocupada por dois de seus filhos.
Boa noite".
Todos os discursos foram bem aplaudidos. 
Em minha fala, e fui, entre os convidados,  o primeiro a falar, disse o seguinte:

"Fiquei muito feliz quando recebi um convite que me fora enviado pelo professor Wagner BEZERRA para participar desta solenidade de instalação, e posse dos 20 sócios fundadores da Academia Magalhense de Letras.
Mais feliz ainda fiquei, quando tomei conhecimento que este sodalício estaria homenageando como patronos 03 nomes de pessoas intimamente ligados a mim, e que foram, assim posso dizer, responsáveis pela minha ascensão na cidade de Parnaíba.
Essas pessoas são: a professora Maria da Penha Fonte e Silva e os jornalistas Rubem Freitas e Bernardo Batista Leão.
A professora Maria da Penha era a diretora do Ginásio Clóvis Salgado, tradicional estabelecimento de ensino fundamental em Parnaíba e que foi a segunda escola que lecionei naquela cidade, na disciplina de minha especialidade, a Língua Inglesa.


A professora Maria da Penha muito austera, falava alto, empregava uma disciplina rígida na escola, mas no fundo tinha um bom coração e se sensibilizava com os sentimentos de todos. Conheceu parte do mundo viajando pela Europa e oriente médio. De suas viagens escreveu um livro de crônicas intitulado “POSTAIS DA EUROPA” no qual tive o privilégio de ser o prefaciador. 

 Catedrática em História, cronista e historiadora, foi uma das fundadoras da Academia Parnaibana de Letras e ocupou a cadeira de nº 04 que tem como patrono o ex-prefeito Ademar Gonçalves Neves.

O Rubem Freitas. Rubem da Páscoa Freitas, meu conterrâneo de Tutóia, conhecido na intimidade pelos familiares e por aqueles amigos mais achegados, como TIBU. Foi a convite dele que decidi largar São Luís, a capital do Maranhão e vir morar em Parnaíba, e digo sinceramente, não me arrependo.

O Rubem Freitas gozava de um grande conceito na sociedade Parnaibana, foi graças a ele, a pedido dele, que consegui ingressar no magistério parnaibano. Jornalista, radialista, professor, colunista social, funcionário público, fundou a ASCOMPAR - Associação   dos Comunicadores da Parnaíba e ocupou a cadeira de nº 35 que tem como patrono Dom Paulo Hipólito de Souza Libório que foi o segundo bispo de Parnaíba.  Deixou muitas saudades.

Finalmente o Batista Leão, ou o BADI LEÃO como era tratado na intimidade. Brilhante jornalista. Uma inteligência rara. Grande estrategista político. Fui trabalhar com ele na Rádio Educadora de Parnaíba e não Jornal Folha do Litoral. Inspirado no escritor e poeta filho de São Bernardo (cidade vizinha a Magalhães de Almeida) Bernardo Coelho de Almeida criei a Crônica da Cidade que era lida diariamente no Rádio Repórter Educadora escrito e dirigido pelo Batista Leão. Foi o Batista Leão que me deu a oportunidade de tornar-me conhecido em toda cidade da Parnaíba e adjacências.

Mas, a Academia Magalhense de Letras, não homenageia apenas esses três citados.  Homenageia também Benedicto dos Santos Lima e Monsenhor Hélio Maranhão.
Benedito dos Santos Lima, conhecido como Bembém, foi um grande difusor da cultura na cidade da Parnaíba. Fundou o Almanaque da Parnaíba que hoje é a Revista da Academia Parnaibana de Letras.

 Monsenhor Hélio Maranhão, em uma crônica de minha autoria publicada na coletânea I Encontro Galhardense (Siearte Gráfica e Editora 2018) o cognominei de O Santo Padre Hélio Maranhão, e chegou a afirmar que ele foi o Santo Benfeitor da Educação na cidade de Tutóia por ter sido ele, Hélio Maranhão quem fundou a primeira escola com curso Ginasial na cidade, depois transformada em Escola Normal Ginasial e agora Colégio Almeida Galhardo com aulas de ensino fundamental e médio".

Por fim parabenizei a população de Magalhães de Almeida, cidade onde tenho grandes amigos e amigas (inclusive muitas estavam presentes), pela instalação de sua academia de letras e disse  da minha  satisfação  em estar participando daquela belíssima  solenidade. Coloquei-me à disposição para ajudar a instituição, no que for necessário tanto como em nome da academia de Parnaíba quanto a de Tutóia, da qual também sou membro.

Ainda em minha fala disse que uma academia enriquece culturalmente a cidade e parabenizei aos sócios fundadores.

Por ter sido instalada em um templo evangélico, Assembleia de Deus, e por constar entre seus patronos e ocupantes, cristãos evangélicos e católicos, não tenho receio em afirmar que, a Academia Magalhense de Letras já nasceu abençoada.
QUE ASSIM SEJA!

Após a solenidade os presentes foram convidados par participar de um coquetel na casa de um dos  acadêmicos fundadores.

 Outras fotos do evento publicadas pelo Portal  Rio Parnaíba

Wagner Bezerra - 1º presidente da ALMAG


Benedito Lima: Imortal sócio fundador da ALMAG






Quadro com a foto de cada um dos 20 sócios fundadores
Texto de Antonio Gallas

2 comentários:

  1. Homenagem merecida. Lembro_me da Dona Maria da Penha no Clóvis Salgado, onde estudei e vivi os melhores anos da minha vida.
    Como é bom ver que as pessoas que estimamos ainda continuam sendo lembradas!

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  2. Eu faço parte dessa história com muito amor

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