Na sexta-feira, 6 de dezembro, eu, o jornalista José Luiz de Carvalho, e escritor e poeta Benedito Lima deslocamo-nos de Parnaíba, após o meio dia, e fomos até a cidade de Magalhães de Almeida, na microrregião conhecida como Baixo Parnaíba, no interior do Maranhão.
O objetivo de nossa viagem àquela aprazível cidade do "interland" maranhense foi atender ao honroso convite que nos foi feito pelo professor Gilberto Wagner Bezerra Gomes, para representarmos a Academia Parnaibana de Letras - APAL na solenidade de instalação e posse dos membros fundadores da Academia Magalhense de Letras.
O José Luiz de Carvalho na qualidade de Presidente da APAL, eu como secretário-geral e o Benedito Lima na qualidade de membro fundador da referida Academia.
Após a execução do Hino Nacional e do Hino de Magalhães de Almeida, pela banda da Congregação da Assembleia de Deus daquela cidade, iniciou-se a solenidade propriamente dita, com a composição da mesa por autoridades e convidados, conduzida pelo escritor e historiador João Francisco Batalha que é o presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão, o qual, na oportunidade, nomeou o professor Gilberto Wagner como presidente da recém-criada Academia. Gilberto Wagner foi o seu idealizador.
A ALMAG - Academia Magalhense de Letras , fundada em 28 de outubro do corrente ano e instalada nesta data de 06 de dezembro. Conta inicialmente com vinte (20) sócios fundadores, entretanto, por motivos superiores não foi possível a posse de todos nessa solenidade. A sua primeira diretoria com mandato para um período de dois (02) anos está assim constituída:
Presidente - Gilberto Wagner Bezerra Gomes
Vice-Presidente – Marilene Sousa Lima e Araújo
1ª Secretária – Maria de Jesus Vilar Santos
2ª Secretária – José Orlando Costa
1º Tesoureiro – Michel Candeira Ramos
2º Tesoureiro – Benedito Saturnino de Vasconcelos
Diretor Cultural / Relações Públicas – Raimundo Olinda dos Santos Filho
Diretor de Arte e Cultura – Milton Carvalho de Oliveira
CONSELHO FISCAL
Efetivos:
Antonio de Sousa Portela
José Ailton Silva Costa
Francisco das Chagas Lima e Silva
Suplentes
Rosiane Araújo Costa Carvalho
Benedito Lima e Silva Filho
Paulo Gomes Neto
Também esteve prestigiando ao ato de instalação da ALMAG, o presidente da Academia de Letras da cidade de Brejo, dr. Roque Macatrão. Além de Roque Macatrão, o prefeito de Magalhães de Almeida, dr. Tadeu de Jesus e sua esposa, o jurista Paulo Gomes Neto que reside no Rio de Janeiro e veio especialmente para tomar posse na cadeira de número 20, representantes do Poder Legislativo Municipal, o poeta e escritor Afonso Gomes que reside em Brasília -DF (também veio especialmente para esta solenidade), pessoas da sociedade magalhense e familiares dos patronos.
Roque Macatrão presidente da Academia de Letras de Brejo - MA Crédito foto: Portal Rio Parnaíba |
Prefeito Tadeu de Jesus e a Primeira Dama Keliane Macedo /Crédito foto: Portal Rio Parnaíba |
A solenidade tem prosseguimento com a aposição dos mantos, medalhas e colares acadêmicos, e com os discursos dos acadêmicos empossados, e também, de acadêmicos convidados e autoridades locais. Tudo isso harmoniosamente conduzido por Francisco Batalha.
João Francisco Batalha membro da Academia Vitoriense-Arariense de Letras e presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão / Crédito foto: Portal Rio Parnaíba |
O presidente da Academia Paraibana de Letras, José Luiz de Carvalho, ao usar da palavra destacou a importância da criação daquela casa literária pela possibilidade de resgate da história contada pelos seus membros e também pelo fortalecimento da criação literária nas suas várias modalidades, como a poesia e o romance, haja vista congregar as pessoas mais preparadas e cultas do município.
Já o neo-acadêmico e agora imortal Benedito Lima e Silva Filho assim se expressou:
"Queridos conterrâneos, demais membros da mesa, boa noite!
Alicerçado no meus cabelos brancos e no cansaço estampado nas faces de cada um, quebrarei o protocolo da posse da academia e não falarei de meu patrono, e muito menos de mim. Falarei em rápidas palavras sobre o sentimento de frustração que me trouxe até aqui. Pois bem: Meu pai Benedito Florindo, filho de uma família pobre de Magalhães, estudou somente até a quarta série primária e não teve como continuar os estudos uma vez que Magalhães naquela época não tinha o " ginásio" e seus pais não tinham como mandá-lo estudar fora. Aquilo o frustou bastante e transformou sua vida. Passou, ainda menino, a trabalhar desenfreadamente e a economizar cada tostão que ganhava,. Não gastava com supérfluos; todas as suas economias eram direcionadas para a educação dos filhos e hoje aqui na presente seção de posse dos acadêmicos da Academia Magalhense de Letras vemos o resultado de sua frustração materializada nas cadeiras números 01 e 18 ocupada por dois de seus filhos.
Boa noite".
Todos os discursos foram bem aplaudidos.
Em minha fala, e fui, entre os convidados, o primeiro a falar, disse o seguinte:
"Fiquei muito feliz quando recebi um convite que me
fora enviado pelo professor Wagner BEZERRA para participar desta solenidade de instalação, e posse dos 20 sócios fundadores da Academia Magalhense de Letras.
Mais feliz ainda fiquei, quando tomei conhecimento que este sodalício estaria homenageando como patronos 03 nomes de pessoas intimamente ligados a mim, e que foram, assim posso dizer, responsáveis pela minha ascensão na cidade de Parnaíba.
Mais feliz ainda fiquei, quando tomei conhecimento que este sodalício estaria homenageando como patronos 03 nomes de pessoas intimamente ligados a mim, e que foram, assim posso dizer, responsáveis pela minha ascensão na cidade de Parnaíba.
Essas pessoas são: a professora Maria da Penha Fonte e
Silva e os jornalistas Rubem Freitas e Bernardo Batista Leão.
A professora Maria da Penha era a diretora do Ginásio
Clóvis Salgado, tradicional estabelecimento de ensino fundamental em Parnaíba e
que foi a segunda escola que lecionei naquela cidade, na disciplina de minha
especialidade, a Língua Inglesa.
A professora Maria da Penha muito austera, falava
alto, empregava uma disciplina rígida na escola, mas no fundo tinha um bom
coração e se sensibilizava com os sentimentos de todos. Conheceu parte do mundo viajando pela Europa e oriente médio. De suas viagens escreveu um livro de crônicas intitulado “POSTAIS DA EUROPA” no qual tive o privilégio de ser o prefaciador.
Catedrática em
História, cronista e historiadora, foi uma das fundadoras da Academia
Parnaibana de Letras e ocupou a cadeira de nº 04 que tem como patrono o
ex-prefeito Ademar Gonçalves Neves.
O Rubem Freitas. Rubem da Páscoa Freitas, meu
conterrâneo de Tutóia, conhecido na intimidade pelos familiares e por aqueles
amigos mais achegados, como TIBU.
Foi a convite dele que decidi largar São Luís, a capital do Maranhão e vir
morar em Parnaíba, e digo sinceramente, não me arrependo.
O Rubem Freitas gozava
de um grande conceito na sociedade Parnaibana, foi graças a ele, a pedido dele, que consegui ingressar no magistério parnaibano. Jornalista, radialista,
professor, colunista social, funcionário público, fundou a ASCOMPAR -
Associação dos Comunicadores da Parnaíba e ocupou a cadeira de nº
35 que tem como patrono Dom Paulo Hipólito de Souza Libório que foi o segundo
bispo de Parnaíba. Deixou muitas saudades.
Finalmente o
Batista Leão, ou o BADI LEÃO como
era tratado na intimidade. Brilhante jornalista. Uma inteligência rara. Grande
estrategista político. Fui trabalhar com ele na Rádio Educadora de Parnaíba e
não Jornal Folha do Litoral. Inspirado no escritor e poeta filho de São
Bernardo (cidade vizinha a Magalhães de Almeida) Bernardo Coelho de Almeida
criei a Crônica da Cidade que era
lida diariamente no Rádio Repórter Educadora escrito e dirigido pelo Batista
Leão. Foi o Batista Leão que me deu a oportunidade de tornar-me
conhecido em toda cidade da Parnaíba e adjacências.
Mas, a Academia
Magalhense de Letras, não homenageia apenas esses três citados. Homenageia também Benedicto dos Santos Lima e
Monsenhor Hélio Maranhão.
Benedito dos Santos
Lima, conhecido como Bembém, foi um grande difusor da cultura na cidade da
Parnaíba. Fundou o Almanaque da Parnaíba que hoje é a Revista da Academia
Parnaibana de Letras.
Monsenhor Hélio Maranhão,
em uma crônica de minha autoria publicada na coletânea I Encontro Galhardense
(Siearte Gráfica e Editora 2018) o cognominei de O Santo Padre Hélio Maranhão, e chegou a afirmar que ele foi o Santo Benfeitor da Educação na cidade de Tutóia
por ter sido ele, Hélio Maranhão quem fundou a primeira escola com curso
Ginasial na cidade, depois transformada em Escola Normal Ginasial e agora
Colégio Almeida Galhardo com aulas de ensino fundamental e médio".
Por fim parabenizei a
população de Magalhães de Almeida, cidade onde tenho grandes amigos e amigas (inclusive
muitas estavam presentes), pela instalação de sua academia de letras e disse da minha satisfação em estar participando daquela belíssima solenidade. Coloquei-me à disposição para
ajudar a instituição, no que for necessário tanto como em nome da academia de
Parnaíba quanto a de Tutóia, da qual também sou membro.
Ainda em minha fala disse
que uma academia enriquece culturalmente a cidade e parabenizei aos sócios
fundadores.
Por ter sido instalada em
um templo evangélico, Assembleia de Deus, e por constar entre seus patronos e
ocupantes, cristãos evangélicos e católicos, não tenho receio em afirmar que, a
Academia Magalhense de Letras já nasceu abençoada.
QUE ASSIM SEJA!
Após a solenidade os presentes foram convidados par participar de um coquetel na casa de um dos acadêmicos fundadores.
Wagner Bezerra - 1º presidente da ALMAG |
Benedito Lima: Imortal sócio fundador da ALMAG |
Homenagem merecida. Lembro_me da Dona Maria da Penha no Clóvis Salgado, onde estudei e vivi os melhores anos da minha vida.
ResponderExcluirComo é bom ver que as pessoas que estimamos ainda continuam sendo lembradas!
Eu faço parte dessa história com muito amor
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