quarta-feira, 26 de julho de 2017
COLO DE AVÓS
Há alguns dias sem nada postar no blog, por motivos alheios à minha vontade, retornamos hoje num dia muito especial, principalmente para as pessoas sexagenárias assim como eu, que tivemos o privilégio de sermos avós. Reproduzo a seguir um texto que me foi enviado pelo meu colega Marçal Alves Paixão, também aposentado do Banco do Brasil. Pesquisei na internet à procura do autor do texto mas não obtive sucesso, entretanto nessa mesma pesquisa, encontrei no Portal Vozes um comentário feito pelo Papa Francisco sobre a importância dos avós, quando de sua visita ao Brasil em Julho de 2013 durante a realização da Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro.
"COLO DE AVÓS
Perguntaram a uma menina de nove anos o que ela gostaria de ser quando crescesse. Ela respondeu:
- Eu gostaria de ser avó!
Ao ser interrogada sobre o porquê dessa ideia, ela completou:
- Porque os avós escutam, compreendem. E, além do mais, a família se reúne inteirinha na casa deles.
E a menina continuou:
- Uma avó é uma mulher velhinha que não tem filhos. Ela gosta dos filhos dos outros. Um avô leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos. Os avós não fazem nada e por isso podem ficar mais tempo com a gente.
Como eles são velhinhos, não conseguem rolar pelo chão ou correr. Mas não faz mal. Levam a gente ao shopping e nos deixam olhar as vitrines até cansar.
Na casa deles tem sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros. Eles contam histórias de nosso pai ou nossa mãe, de quando eram pequenos, histórias da Bíblia, histórias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas. Passeiam conosco, mostrando as flores, ensinando seus nomes, fazendo-nos sentir seu perfume.
Avós nunca dizem “depressa, já pra cama!” ou “se não fizer logo, vai ficar de castigo!” Quase todos usam óculos e eu já vi uns tirando os dentes e as gengivas.
Quando a gente faz uma pergunta, os avós não dizem: “menino, não vê que estou ocupado?” Eles param, pensam e respondem de um jeito que a gente entende. Os avós sabem um bocado de coisas.
Eles não falam com a gente como se nós fôssemos bobos. Nem se referem a nós com expressões tipo “que gracinha!”, como fazem algumas visitas.
O colo dos avós é quente e fofinho, bom de a agente sentar quando está triste. Todo mundo deveria ter um avô ou uma avó, porque são os únicos adultos que tem tempo para nós".
A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS
Em Julho de 2013, no dia de São Joaquim e Sant’Ana (pais de Nossa Senhora), quando o Papa Francisco visitava Brasil por ocasião da Jornada mundial da Juventude, ele dizia…
“Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas” (Documento de Aparecida, 447).
Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado!
Em outra ocasião, Francisco disse que “Um povo que não respeita os avós está sem memória e também sem futuro. Nós vivemos em um tempo no qual os idosos não contam. É ruim dizer isto, mas eles são descartados, porque dão trabalho. Os idosos são aqueles que nos trazem a história, que nos trazem a doutrina, a fé e nos dão um legado. São aqueles que, como um bom vinho envelhecido, têm força dentro de si para nos dar uma herança nobre”, disse.
Francisco afirmou ainda que os avós são um tesouro, de forma que a memória desses antepassados leva o homem a imitar sua fé. Ele defendeu que a sabedoria deles é uma herança que se deve receber.
“Um povo que não cuida dos avós, um povo que não respeita os avós não tem futuro, porque não tem memória”.
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