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XIKIN CARVALHO (escritor parnaibano) |
Ele não pode ficar parado, sempre mexendo e remexendo a procura de soluções e melhorias para o nosso Píííoí, para o nosso Céubraz e para todos aqueles que o cercam. De tanto remexer, conseguiu ser notado e indicado para feirar ni Espãna.
Na feirança a sua “absmação” foi marcante, mas em nenhum momento baixou a cabeça. Ávido por conhecimentos, tratou de reforçar sua Rede de Contatos e rebuscar tudo o que via de útil, moderno e avançado. E iniciou sua falação solitária:
* Vou levar para os meus Direx, para eles verem o quanto necessitamos remexer a mesmice, atentando para a necessidade de trabalharmos com tecnologia de ponta. Não, de ponta não, de última geração, fica melhor.
* Lá chegando vou me reunuir com a Dra. Nariuda Melancia e com a bela Cruz de Fátima, prá tratarmos de rodadas, de negócios, é claro.
* Preciso agitar, fazer acontecer. Para tanto vou convidar a PANEX Brasil para ser nossa parceira nos eventos.
Nosso personagem mirabolou planos, programas, projeto, remexeu e xarfurdou o juízo, até que lembrou da Dra. Moita de Tucum, e disse;
* Ela vai ver com quantas metas se faz um CIAUDI.
Mas como nem só de trabalho vive o homem, Holandêz tratou de curtir la Espãna a la Espãnola. À noitôna (nada de noitinha) foi passear (por favor não mostrem esta estória prá muié dele). Para melhor aproveitar tratou de contratar umA guiA. Na sua apresentação A elA, foi logo dizendo:
* Sou do Céubraz, lá do Píííooí, você conhece?
* Non. Non Sr.
* Pois o Píííooí é a terra do Cão Santo; onde aFlora juta, jaborandi, jataí e juá mas nada ela tem prá ganhar; onde Quém Quém quer mas não consegue; onde o colega Elcano Nãoleva Ferro será o próximo vice-prefeito da capitá.
Como ele notou que suas explicações de nada adiantavam, pediu:
* Quero conhecer a dança das castanholas.
Levado foi prá Adega CARVALHO (madeira de lei, paú que não inverga e nem dá cupim). Lá chegando adentraram ao recinto benicioso e labutante. Holandêz foi ficando cada vez +++++++++ feliz e a medida que lá tomava, vinho, é claro, mais desenvolto ficava. Até que chegou a hora da dança das castanholas. U ômi lambeu os beiços; respirou fundo e profundo; arregalou os óios, lascou três gotas de lavôlho em cada uruburservante e apulumou os inxergantes nas castanhas das dançarinas, que estavam em suas macias mãos. Como não podemos contar o resto da festa, preferimos, neste solene momento, citar a 1ª Moral da Estória – “Segredo de dois vai para o baú, de três sai no jornal”.
No outro dia, ainda cedo o nosso filantrôpu’s braziliani’s tratou de ir passear pela cidade antiga. Tudo o que via era motivo de admiração e sempre se voltando para a guia, dizia:
* Vou levar a idéia para o Píííooí.
O dia passava e já a tardinha ele resolveu parar, sentar no banco da praça para observar a beleza de las pombas que por lá pousavam. De tão cansado e entretido com o vôo de las pombitas, nosso héroi se distraiu e desligado do 1º mundo ficou. Lá prás tantas ouviu-se gritos:
* Olé. Olé. Óle.
Holandêz qui num é nem besta e não pode ficar parado, acordou prá vida, mas ainda atordoado foi logo dizendo:
* Passa a bola Mauvício de Nassau Belavista de Lastro. Passa a bola.
* Non és bola Sr. Holandêz, és touro.; retrocou sua bela guia.
* Afroxá , afroxá. Bicho de chifre num é comigo. Já faz mais de 03 anos qui aberei de Perypery. Tô fora, tô fora. Abera, abera, abera. Vamúsimborajájá.
Holandêz fez por onde lá chegar, construindo fez por merecer, e Você quer aprender como fazer? Então siga o ensinamento da 2ª Moral da Estória: “cobra que não anda, não engole sapo”.
Parnaíba, 19.09.04
Xikin Karwalho
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