Por João Francisco Batalha*
OUTRAS ARARIENSESES COM DESTAQUES NA POLÍTICA MARANHENSE
Marluce Costa
Moraes Ataíde, eleita em 2008 e 2012, exerceu dois mandatos de vereadora no município
de Barreirinhas, e foi secretária da
Câmara Municipal.
Marinilde
Alves de Souza Melo, arariense que foi prefeita de
Vitória do Mearim.
Aurinete
Freitas Almeida, ativista política. Professora graduada em Pedagogia e pós-graduada em
Docência Superior e em Ciências Humanas, é ex- Secretária de Educação do
município de Arari.
Foi
candidata a prefeita de Arari em 2012, pelo PP, a vereadora em 2016 pelo PMDB.
Foi professora no Colégio Arariense.
Na Fundação Cultural de Arari, da qual é
Conselheira, foi Auxiliar Administrativa, Diretora de Educação e Diretora do
Colégio Comercial de Arari.
Exerceu, também, as funções de Auxiliar
Administrativa da Prefeitura, Auxiliar
de Promotoria, Auxiliar do Judiciário e Chefe do Cartório Eleitoral.
Professora concursada do Estado foi Diretora Pedagógica
da Escola Dr. Milton Ericeira.
Conselheira
de Representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Educação – UNDIME, é Secretária de
Educação o município de Santo Amaro do Maranhão e pré-candidata a vereadora de
Arari pelo MDB nas eleições de 2020.
Lurdinha
Gusmão, assistente
social que exerceu grande influência política em Zé Doca/MA, onde ocupou a pasta da Secretaria de Assistência Social do
município durante 6 anos de gestão do seu pai, prefeito João Gusmão, arariense que foi, também, vereador, presidente da Câmara
e prefeito de Vitória do Mearim; duas vezes prefeito de Monção; e vice prefeito
e prefeito de Zé Doca. Candidata a prefeita pelo PTB, em renhida disputa eleitoral Maria de Lurdes
Santos Gusmão não se elegeu prefeita de Zé Doca, mas posteriormente, exerceu o comando do Cartório do Primeiro
Ofício do município que lhe rende várias
homenagens.
Beni Batalha, nascida Benedita dos Prazeres Batalha, na Tresidela do Bonfim do Arari, alterado para
Batalha Gonçalves com o advento do casamento. Noventa e um anos de idade, viúva,
10 filhos, 23 netos e 14 bisnetos, foi
primeira-dama do município de Pio XII e conviveu, no dia-a-dia, com as
pugnas políticas eleitorais de Pio XII e Vitória do Mearim e, em quase todas, desfrutou do sabor da vitória. Seu marido, Wilson Gonçalves foi prefeito de Pio XII. O sogro, Pedro Gonçalves duas vezes prefeito
de Vitória e duas de Pio XII. O cunhado,
José Maria Gonçalves, prefeito de Vitória. O outro cunhado, José Maria Rodrigues,
disputou eleição tumultuosa e violenta para a prefeitura de Vitória do Mearim.
Seu tio, Mundiquinho Batalha, três vezes
prefeito de Pio XII e o primo Carlos do
Biné, é o atual prefeito deste município e pré-candidato a reeleição nas
eleições 2020. Criou e deu dignidade a
todos os filhos. Mesmo sendo ela e seu marido pessoas pacíficas, não escaparam da
ferocidade e impetuosidade da política interiorana e da
fúria e violência perpetrada pela cabralhada do prefeito José Maciel (de
Vitória do Mearim) e em 1955 tiveram o lar invadido pela soldadesca e
capangada do opositor político. Diante das ameaças e acossamentos, para não se
submeterem às coações e constrangimentos,
obrigaram-se na solidão da noite,
evadir-se montados em mulas, burros e cavalos, com filhos pequenos e colaboradores,
por caminhos íngremes da Melindrosa, onde moravam, até a distante Cigana, quartel General e abrigo
político e seguro do sogro, guarnecido e protegido por seguranças e jagunços.
Maria Muniz, arariense ilustre, ativista
política atuante e inteligente que exerceu diversas atividades, além de notária
do Cartório do Segundo Ofício da Comarca de Arari, entre os anos de 1962 a 1965. Na política partidária, foi militante do barriguismo alinhado ao vitorinismo. Teve uma trajetória de altos e baixos, de aplausos
e reversos em sua cidade natal. Nunca disputou cargo eletivo, mas seu pai foi primeiro suplente de vereador,
desclassificado da titularidade pelo critério do desempate da idade. Maria do
Espírito Santo Muniz participava com autenticidade dos conchavos da política
local e dedicava-se com paixão, corpo e alma à causa que abraçava, fosse ela política ou social. Trabalhou com o
empresário Cipriano Ribeiro dos Santos, como secretária nas atividades
comerciais e escriturária do Engenho Santa Margarida e posteriormente, como secretária do Posto de
Puericultura de Arari, na gestão da senhora Perolina Santos. Arrimo dos pais idosos e responsável pelo
sustento da família não escapou da ira
dos adversários que lhes tomaram o Cartório com festas e foguetórios. Agredida
fisicamente em plena via pública de Arari, foi também, em 1962, hostilizada com chacotas, quando
assumia a posição destacada em curso de cooperativismo ministrado em Arari pela
Missão Intermunicipal Rural Arquidiocesana (MIRA), não se safou das pilhérias
com os qualificativos pejorativos que lhes crismavam seus algozes. Ultrajada e
ferida na alma, caiu em prantos do qual fui testemunha, mas não se igualou aos
agressores pelas provocações que lhe
foram dirigidas no momento.
A pedido do deputado
Milton Ericeira, laborou na Prefeitura de Arari, na gestão do prefeito Caiçara,
onde foi Inspetora de Educação e Chefe do Serviço de Alistamento Militar, período de onde não guarda boas recordações.
Entusiasta, batalhadora
e colaboradora pela fundação do Colégio Comercial de Arari, fundado em 11 de
agosto de 1967 e instalado em 30 de
março do ano seguinte, do mesmo foi destacada aluna, porém como recompensa por
sua dedicação, foi atingida pelo golpe da ingratidão e de forma arbitrária,
desmerecida e injusta excluída do quadro de alunos do estabelecimento.
Surgiu oportunidade de retornar ao Cartório de Arari,
mas por motivos políticos partidários não
foi contemplada.
Submetida a concurso público de âmbito estadual
para o Cartório de Bacabal, foi aprovada
em segundo lugar e não obstante a desistência do primeiro colocado, o que
lhe garantiria imediata nomeação para o exercício da função, teve o amargor
e a consternação de ouvir de um magistrado, que seu nome teria sido vetado e sua prova anulada,
por determinação política.
Mudando-se
de Arari para São Luis, concluiu os ensino médio e se graduou como Técnica em
Contabilidade, ao mesmo tempo em que trabalhou no “Armazém Gonçalves Dias”,
na “Mara Confecções” e na representação da “Boroughs”, no
Maranhão, onde foi secretária e gerente.
Zelosa no trabalho e sempre demonstrando domínio na atividade laboral, foi
convidada a exercer a chefia do Funrural da cidade de Pedreiras, o que fez com
desenvoltura e competência.
Se o Arari não a distinguiu o quanto a mereceu, foi Pedreiras quem lhes abriu os braços e lhe deu guarida com
muito carinho e distinção.
Foi e é uma guerreira.
OUTROS
DESTAQUES LOCAL
Outras mulheres se destacaram em nossa urbe no campo da educação,
cultura e do saber. Justifico a omissão porque o espaço é pequeno para enumerá-las, razão pela qual ficamos somente
na semeadura da política, assunto que nos foi solicitado escrever. Listar o
nome de todas as professoras que prestaram relevantes serviços em prol da
educação arariense, é, também,
impossível neste espaço. Mas citamos algumas que, infelizmente, se
mantém no anonimato dos nossos escribas
e historiadores, e entre outas, citamos Celízia Nunes Chidiak, normalista que exerceu o
magistério com simplicidade e competência, e por muitos anos, sendo
diretora da Escola Catulo da Paixão Cearense, no povoado Sítio. Maria Lopes no Curral da Igreja e no Bonfim. Zózima Lima Prazeres, no Bonfim. Maria Vale, Ivone Santos, Maria Everton, Jó
Pestana e Maria Santos no Bonfim e em Arari. Beni Ribeiro, no Barreiros; Mônica
Prazeres Barros, no Perimirim; Almerinda Prazeres Batalha, nas Moitas; Maria
Sabina, Raimunda dos Santos, Teodora dos Santos Prazeres, Chiquita Bogéa, Anicota
Bogéa, Amélia Alves Cutrim, Antônia Nina Nunes, Zizi Oliveira, Zilda Rodrigues
Fernandes, Maria do Carmo Pires, Mariana Santos, Marú Ericeira, Benedita Ericeira, Luzia de
Jesus Ericeira, Mary Salomão, Maria
Madalena Prazeres, Maria da Conceição Fernandes e tantas outras mestres professoras que as precederam, foram suas coetâneas ou as
sucederam na árdua missão de educar e que vivem no incógnito de nossas
autoridades.
E, finalmente, exaltamos a beleza da
mulher arariense, criatura de sublimes ideais, carinhos e ternuras. Poema de
felicidade e abrigo quente de todos os
bens, mulheres de encantos que cantam e encantam com seus cantos, nos acalma e conquista nossas almas.
Para não
dizer que não falei de flores, cito em nome da formosura arariense, Olga Salomão.
Foi Rainha da Festa de Arari, representante de beleza maranhense no Rio de
Janeiro, candidata a Miss Guanabara e citada pelos cariocas, para ser candidata a Miss Brasil.
*João Francisco Batalha é o presidente
da Federação das Academias de Letras do Maranhão.
Senti falta do nome da professora Maria de Rbamar Santos Pereira Ewerton.
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